Ajaan Thanissaro (Thanissaro Bhikkhu)
Ajaan Thanissaro (Geoffrey DeGraff) é um monge Budista Americano nascido em 1949. Depois de se formar no Oberlin College com um
diploma em História Intelectual da Europa, ele começou a praticar meditação com o seu mestre, Ajaan Fuang Jotiko -
um membro da tradição de florestas da Tailândia e discípulo de Ajaan Lee - em 1974, tendo se ordenado como
monge em 1976, continuando a estudar com Ajaan Fuang até a sua morte em 1986. Em 1991 ele foi para o sul da
California para ajudar no estabelecimento do Monastério de Floresta Metta nas montanhas do norte do condado de
San Diego. Ele se tornou o abade do monastério em 1993 e foi formalmente nomeado preceptor em 1995. Ele regularmente
ensina no John Wayne Dhamma Center no condado de Orange e também faz parte do corpo de professores visitantes do BCBS – Barre Center of Buddhist Studies em Barre/MA, EUA.
Ajaan Geoff, como é conhecido pelos seus alunos, é o autor de The Mind Like Fire Unbound, The Buddhist Monastic Code e The Wings to Awakening. Ele também traduziu vários guias de meditação de mestres Tailandeses, incluindo as obras completas de Ajaan Lee Dhammadharo que foi o mestre de Ajaan Fuang.
O ensinamento principal do Budismo anatta (não-eu) é uma afirmação de
uma verdade metafísica, ou é uma estratégia para conquistar a libertação do
sofrimento? Neste ensaio o autor demonstra, através de uma cuidadosa leitura de
trechos chave do Cânone em Pali sobre o tema de anatta, que o segundo, pode na
verdade ser o caso. (Este é o primeiro ensaio do Ven. Thanissaro sobre este
assunto, contendo citações do Cânone em Pali para suportar o seu argumento.
Originalmente foi publicado na revista "Insight" em 1994. Uma
abordagem mais concisa pode ser encontrada no seu ensaio de 1996, Não-eu)
Uma meditação guiada
Este breve ensaio delineia o uso da imagem
do fogo no Budismo antigo para descrever Nibbana, o objetivo da prática Budista.
Os ensinamentos Budistas acerca de não-eu (anatta) devem ser interpretados
como afirmações metafísicas ou como um artifício de ensino para auxiliar o
praticante a alcançar o objetivo máximo? Veja o que os ensinamentos do
Cânone em Pali revelam acerca deste tema.
Este breve ensaio explica a natureza de karma (Pali: kamma), ou ação
intencional. O processo de karma é resultado da interação complexa entre
os frutos de ações passadas (sobre as quais não temos controle no
presente) e as escolhas que fazemos no momento presente.
O papel de
jhana como uma condição para a sabedoria transcendente é um dos temas mais
controversos na tradição Theravada..
Neste breve
ensaio o autor explica o papel do vazio na prática de meditação.
Embora o Despertar do Buda tenha ocorrido há muito tempo na antiga Índia,
o fato do Despertar está muito vivo na atualidade e tem implicações
profundas sobre a forma como abordamos a prática Budista. Neste ensaio o
autor explora ambos O Que e Como do Despertar do Buda; para o que ele
despertou e como ele fez isso.
Muitas pessoas na atualidade procuram os ensinamentos Budistas na busca
por uma cura emocional e espiritual. Neste breve ensaio o autor nos recorda que
a ferramenta mais simples e efetiva para curar um coração ferido pode ser
encontrada no cultivo de sila, ou uma conduta virtuosa.
O Buda ensinou que a concentração e atenção plena são dois caminhos
distintos de meditação - como geralmente é entendido - ou que elas são
duas partes inseparáveis de um único caminho de prática? Neste artigo,
adaptado de uma palestra dada no CIMC em 1996, Thanissaro Bhikkhu sugere
que o núcleo da prática de insight, tal como ensinado pelo Buda, consiste
no desenvolvimento hábil de ambos a concentração dos jhanas e a atenção
plena.
Interpretações populares do Budismo na atualidade freqüentemente ignoram a
importância de duas poderosas emoções. Emoções que propulsaram o Buda - e
todos aqueles que buscaram o Despertar desde então - em busca do objetivo
do Despertar: samvega, o sentimento de urgência em escapar do ciclo sem
sentido da existência; e pasaada, a claridade e serena confiança que
permite com que alguém prossiga confiante em direção ao objetivo sem cair
em desespero. Neste breve ensaio o autor explora o significado dessas
emoções básicas e como podemos encorajá-las a florescer em nossas vidas.
Qual é a relação que existe entre a tranquilidade (samatha) e o insight (vipassana)
na prática de meditação Budista? Uma leitura cuidadosa dos suttas do
Cânone em Pali sugere que os dois não são métodos distintos de meditação
(como muitos comentaristas - clássicos e contemporâneos - sugerem), mas
dois aspectos da mesma prática. De acordo com os suttas, a correta prática
de meditação requer que ambos aspectos sejam desenvolvidos em equilíbrio.
O que você prefere ter: uma sede insaciável pela gratificação sensual, ou
uma felicidade estável, verdadeira e duradoura? A escolha é sua.
Para muitos de nós a linguagem correta é um dos preceitos mais difíceis de
ser mantido. No entanto a prática da linguagem correta é fundamental tanto
para que nos tornemos pessoas nas quais se pode confiar como também para
auxiliar-nos a obter o controle sobre as nossas mentes. Portanto escolha
as suas palavras – e os motivos para dizê-las – com cuidado.
Uma teoria popular, nos dias de hoje, sustenta que os ensinamentos do Buda
sobreviveram durante tanto tempo graças à habilidade do Budismo em se
adaptar aos costumes de qualquer cultura com a qual tenha se encontrado em
um momento particular da história. A história da tradição de florestas da
Tailândia Kammatthana, no
entanto, apresenta uma forte oposição a essa noção. Na verdade, como
argumenta o autor neste ensaio, a história sugere que o Dhamma verdadeiro
sobrevive somente quando as pessoas estão dispostas a adaptar os seus
costumes e hábitos de forma a ir de encontro ao Dhamma cara a cara, de
acordo com as suas próprias condições, nas florestas.
De acordo com o princípio básico de karma, as nossas intenções subjacentes
desempenham um papel fundamental na determinação dos frutos das nossas
ações. O autor explica neste ensaio que se estivermos genuinamente
interessados em aspirar ao objetivo dos ensinamentos Budistas, não é
suficiente agir com boas intenções; de preferência, precisamos aprender,
através da auto reflexão honesta e associação com amigos virtuosos e
sábios, a cultivar a habilidade nas nossas intenções.
Como podemos ter a esperança de que o caminho da prática, que é fabricado,
nos possa conduzir ao objetivo final - nibbana - que é não fabricado? Uma
analogia impressionante com a moderna teoria do caos ajuda a desembaraçar
esse antigo paradoxo.
O Buda focava o sofrimento porque ele era um pessimista? Ele realmente
disse que a vida é sofrimento? Ou ele era na verdade um realista com uma
mensagem muito mais proveitosa?
”O Buda não era o tipo de mestre que apenas respondia perguntas. Ele
também ensinava o que perguntar.” Assim começa o autor que explica neste ensaio
que a essência da prática Budista consiste em aprender como fazer
perguntas com habilidade.
Porque criamos sofrimento para nós mesmos? Como podemos dar um fim a isso?
A chave está em aprender melhores hábitos de como alimentar a mente.
Para obter êxito no aprendizado de qualquer habilidade, é necessário ter
respeito por si mesmo, pelo assunto objeto de estudo e pelo mestre. Neste
ensaio o autor demonstra que o mesmo se aplica ao se acercar dos
ensinamentos do Buda. A habilidade em aprender depende do respeito
apropriado para com três coisas: você mesmo, o princípio de kamma e os
insights de outras pessoas com relação a esse princípio.
O samsara é um lugar ou é o processo através do qual criamos e recriamos
o nosso próprio sofrimento? Neste ensaio o autor compara samsara a um vício que
pode ser abandonado – ou não. Qual será a sua escolha?
Desde o início do tempo os seres humanos têm vivido sob o medo: o medo
da mudança, da perda, da morte. Infelizmente, como temos testemunhado no
cenário mundial, as pessoas aprenderam um sem número de formas inábeis sobre
como lidar com o medo. O autor escreve: “A resposta mais inábil ao medo é
quando, percebendo que a nossa vida ou posses estão em perigo, acreditamos que
podemos obter força e segurança destruindo as vidas e posses dos outros.” Neste
ensaio o autor descreve a prescrição do Buda para superar o medo de uma vez por
todas, eliminando-o pela raiz.
Quando sentamos para meditar em geral trazemos conosco um número de
suposições acerca do que são as nossas percepções, como é e como deveria
ser a nossa experiência de meditação. Como meditadores a nossa tarefa é
aprender a formular as perguntas corretas – perguntas que nos ajudem a
romper os estratos dessas noções falsas pré-concebidas. Este artigo,
baseado em uma palestra do Dhamma, contém conselhos práticos para
meditadores de todos os níveis.
Quando perguntados, “O que sou?”, os estudiosos Budistas e professores
de meditação, da mesma forma, em geral afirmam que aquilo que convencionalmente
chamamos de uma “pessoa” é melhor compreendido em termos dos cinco khandhas:
forma, sensação, percepção, fabricações mentais e consciência. Esse
entendimento dos khandhas, que surgiu pela primeira vez alguns séculos depois
da morte do Buda nos Comentários, difere de modo significativo do papel dos
khandhas tal como apresentado no Cânone em Pali. Neste ensaio o autor mostra
que o Buda empregava o ensinamento dos khandhas não para definir aquilo que
somos, mas ao invés disso como uma ferramenta para nos ajudar a dar um fim ao
nosso sofrimento.
A meditação da atenção plena é algumas vezes descrita como um tipo de
“aceitação passiva universal” daquilo que estiver ocorrendo na experiência no
momento. Mas, como lembrado pelo autor neste ensaio, os textos em Pali
delineiam um quadro bastante distinto do que é a meditação: esta é, na verdade,
um processo bastante pró-ativo com uma claro objetivo.
O autor descreve o método de prática dos jhanas ensinado pelo seu mestre
Ajaan Fuang.
Enquanto pensarmos em Nibbana como um lugar – um destino localizado no
tempo e espaço – estaremos equivocados com relação ao seu significado
fundamental. Neste ensaio, suportado por uma seleção de trechos de vários
suttas, o autor mostra que Nibbana é o fim do processo samsárico de vir a ser
que é aquilo que cria o tempo e espaço. Com a iluminação não “entramos” ou
“alcançamos” Nibbana; simplesmente “Nibbanamos.”
A fé é necessária? Neste ensaio o autor questiona três mal-entendidos comuns sobre o papel da fé no Budismo.
Nenhuma outra qualidade interior é tão importante na elucidação do problema do sofrimento quanto a atenção com
sabedoria, yoniso-manasikara.
A prática de meditação consiste na mera observação do fluxo dos fenômenos mentais e corporais, sem qualquer tipo de interferência?
Qual o significado de vacuidade nos ensinamentos originais do Buda?
Uma análise sobre como os conflitos são tratados no Budismo, qual é a sua origem e como podem ser evitados, tomando por base o Madhupindika Sutta – MN 18.
Uma análise sobre o entendimento correto tomando por base o
Sammaditthi Sutta – MN 9.
Ajaan Thanissaro faz uma análise do Potthapada Sutta do Digha Nikaya. Este sutta é bastante incomum pelos termos empregados pelo Buda e também apresenta uma interessante análise sobre as aquisições de um eu.
Somos ignorantes não por falta de informação ou de conhecimento, mas devido ao modo inábil com que lidamos com o
sofrimento. Se as habilidades corretas forem desenvolvidas, com certeza o Despertar virá em seguida.
Ao longo dos anos, a palavra sati tem acumulado uma série de significados que vão muito além da definição original do Buda. A prática da meditação exige uma compreensão clara do que é sati e como usá-la com habilidade em conjunto com outras qualidades mentais.
Amor bondade, compaixão, alegria altruista e equanimidade são qualidades que podem ser desenvolvidas com a prática. No entanto, para elevá-las totalmente até o nível de brahma-viharas, requer o duro trabalho de combinar inteligência real com o coração.
Ajaan Thanissaro faz uma análise do Devadaha Sutta. Tomando como base a filosofia dos Jainistas o Buda transmite um importante ensinamento sobre o funcionamento de karma,
que por sinal responde a um freqüente mal-entendido sobre karma, comum mesmo nos dias de hoje.
Os quatro fundamentos da atenção plena são bem conhecidos por todos meditadores - o corpo, as sensações, a mente e os
objetos mentais. Nesta análise Ajaan Thanissaro aborda o processo da prática meditativa ou o modo como os fundamentos são estabelecidos.
Uma breve análise do significado de vacuidade no Cânone.
Ajaan Thanissaro faz uma análise do Alagaddupama Sutta focando nos belos símiles da cobra e da balsa e no ensinamento sobre não-eu.
Revisado: 1 Março 2014
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