Os Cinco Obstáculos Mentais e Sua Superação
Textos selecionados do Cânone em Pali e dos comentários.
Compilado e traduzido por Nyanaponika Thera
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A inabalável libertação da mente é a suprema meta na doutrina do Buda. Aqui, libertação significa: a libertação da mente de todas as limitações, amarras e laços que a amarram à Roda do Sofrimento, ao Ciclo de Renascimentos. Isso significa: limpar a mente de todas as impurezas; remover todos os obstáculos que barram seu progresso da consciência mundana (lokiya) para a supramundana (lokuttara-citta), isto é, para o estado de Arahant.
São muitos os obstáculos que bloqueiam o progresso no caminho espiritual, mas existem cinco em particular, conhecidos pelo termo pali nivarana, que são mencionados frequentemente nos textos Budistas:
1. Desejo sensual (kamacchanda),
2. Má-vontade (byapada),
3. Preguiça e torpor (thina-middha),
4. Inquietação e ansiedade (uddhacca-kukkucca),
5. Dúvida (vicikiccha).
Eles são chamados de "obstáculos" porque bloqueiam e envolvem a mente de várias formas, obstruindo seu desenvolvimento (bhavana). De acordo com os ensinamentos Budistas, o desenvolvimento espiritual é duplo: através da tranquilidade (samatha-bhavana) e através do insight (vipassana-bhavana). A tranquilidade é ganha através da completa concentração da mente durante os estados de absorção meditativa (jhana). Para alcançar tais estados, a superação dos cinco obstáculos, pelo menos temporariamente, é uma condição preliminar. É justamente nesse contexto de se atingir os jhanas que o Buda menciona os cinco obstáculos em seus discursos.
Há cinco fatores mentais constituintes que são os principais representantes do primeiro jhana, chamados portanto de fatores de absorção (jhananga). De acordo com os comentários, cada um dos cinco obstáculos é especificamente prejudicial a um desses fatores, impedindo seu desenvolvimento e refinamento requerido para os jhanas; por outro lado, o cultivo desses fatores além do nível comum funciona como um antídoto contra os obstáculos, preparando o caminho para os jhanas. Nesse texto é indicada a relação entre esses dois grupos de cinco na seção com o título do obstáculo correspondente.
Não somente os jhanas, mas também os níveis menores de concentração mental são bloqueados pelos cinco obstáculos. Portanto a concentração de "acesso" ou "vizinhança" (upacarasamadhi), é um estágio preliminar para a total absorção (appana) que ocorre nos jhanas. A concentração momentânea (khanikasamadhi) também está afastada da presença dos obstáculos. Além desses estados superiores de desenvolvimento mental, qualquer tentativa sincera de se ter visão clara e um modo de vida puro será seriamente afetada pela presença dos cinco obstáculos.
Essa influência generalizada e danosa dos cinco obstáculos revela uma necessidade urgente de se diminuir o poder deles através de esforços contínuos. Ninguém deve acreditar que é suficiente prestar atenção nos obstáculos somente durante os momentos em que se está sentado para meditação. Esse esforço de última hora para suprimir os obstáculos raramente terá êxito a não ser que seja auxiliado pela dedicação prévia durante a vida diária.
Alguém que aspire sinceramente à inabalável libertação da mente deveria, portanto, escolher uma "base de trabalho" com importância direta e prática: um kammatthana no seu sentido mais amplo, em que está baseada toda a estrutura de sua vida. Agarrar-se a essa "base de trabalho", nunca perdê-la de vista por muito tempo, isso, por si só, já será um progresso considerável e encorajador no controle e desenvolvimento da mente, porque dessa forma, as forças direcionadoras da mente serão consideravelmente fortalecidas. Alguém que escolheu a superação dos cinco obstáculos como "base de trabalho" deveria examinar qual dos cinco é o mais forte no seu caso pessoal. Então essa pessoa deve observar cuidadosamente como, e em que ocasiões, eles geralmente aparecem. Essa pessoa também deve, posteriormente, conhecer os estados mentais benéficos que permitem que cada um desses obstáculos possa ser afastado e, finalmente superado; também deve-se examinar a própria vida em busca de oportunidades para desenvolver essas qualidades, que, nas páginas seguintes, foram indicadas sob as faculdades espirituais (indriya), os fatores de absorção (jhananga) e os fatores da iluminação (bojjhanga). Em alguns casos foram adicionados temas de meditação, o que irá ajudar na superação dos respectivos obstáculos.
Entretanto, para um "mundano" (puthujjana), somente uma suspensão temporária e enfraquecimento parcial dos obstáculos pode ser alcançado. A final e completa erradicação só ocorre ao se alcançar os estágios do despertar (ariyamagga).
- A dúvida é eliminada no primeiro estágio, o caminho de entrada na correnteza (sotapatti-magga).
- O desejo sensual, a má-vontade e a ansiedade são eliminnados no terceiro estágio, o caminho de não-retorno (anagami-magga).
- A preguiça, o torpor e a inquietação são eliminadas no caminho de Arahant (arahatta-magga).
A recompensa da batalha contra os obstáculos não é somente limitada a tornar possível uma concentração meditativa mais superficial ou profunda, mas também, todo passo dado no enfraquecimento desses obstáculos nos leva para mais perto dos estágios do despertar, onde a superação dos obstáculos é inabalável.
Apesar da maior parte dos textos que seguem, traduzidos dos Discursos do Buda e dos comentários, se dirigirem aos monges, eles também são válidos para aqueles que vivem em família. Assim como os Antigos Mestres dizem: "O bhikkhu (monge) é mencionado aqui como um exemplo daqueles dedicados à prática do Ensinamento. Qualquer um que siga tal prática se inclui no termo 'monge'".
"Esses cinco são obstáculos, obstruções, corrupções da mente, enfraquecedores da sabedoria. Quais cinco?
O desejo sensual é um obstáculo, uma obstrução, uma corrupção da mente, enfraquecedor da sabedoria. A má-vontade é um obstáculo, uma obstrução ... A preguiça e o torpor são um obstáculo, uma obstrução ... A inquietação e a ansiedade são um obstáculo, uma obstrução ... A dúvida é um obstáculo, uma obstrução, uma corrupção da mente, enfraquecedora da sabedoria.
E quando um bhikkhu não abandonou esses cinco obstáculos, obstruções, corrupções da mente, enfraquecedores da sabedoria, quando ele não possui força e tem fraco discernimento, que ele entenda aquilo que é benéfico para ele mesmo, que ele entenda aquilo que é benéfico para os outros, que ele entenda aquilo que é benéfico para ambos, que ele alcance um estado humano superior, que ele realize o verdadeiro nobre conhecimento e visão – isso é impossível.
Agora, quando um bhikkhu abandonou esses cinco obstáculos, obstruções, corrupções da mente, enfraquecedores da sabedoria, quando ele tem forte discernimento, que ele entenda aquilo que é benéfico para ele mesmo, que ele entenda aquilo que é benéfico para os outros, que ele entenda aquilo que é benéfico para ambos, que ele alcance um estado humano superior, que ele realize o verdadeiro nobre conhecimento e visão – isso é possível."
[AN V.51]
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“Bhikkhus, há essas cinco corrupções do ouro, através das quais o ouro nem é maleável, nem manuseável e tampouco luminoso, mas quebradiço e sem as condições apropriadas para ser trabalhado. Quais cinco? O ferro é uma corrupção do ouro, através da qual o ouro nem é maleável, nem manuseável e tampouco luminoso, mas quebradiço e sem as condições apropriadas para ser trabalhado. O cobre é uma corrupção do ouro ... O estanho é uma corrupção do ouro ... O chumbo é uma corrupção do ouro ... A prata é uma corrupção do ouro ... Essas são as cinco corrupções do ouro, através das quais o ouro nem é maleável, nem manuseável e tampouco luminoso mas quebradiço e sem as condições apropriadas para ser trabalhado.
“Do mesmo modo, bhikkhus, há essas cinco corrupções da mente, através das quais a mente nem é maleável, nem manuseável e tampouco luminosa, mas quebradiça e desprovida da correta concentração para a destruição das impurezas. Quais cinco? O desejo sensual é uma corrupção da mente, através da qual a mente nem é maleável, nem é manuseável e tampouco luminosa, mas quebradiça e desprovida da correta concentração para a destruição das impurezas. A má vontade é uma corrupção da mente ... A preguiça e o torpor são uma corrupção da mente ... A inquietação e a ansiedade são uma corrupção da mente ... A dúvida é uma corrupção da mente. Essas são as cinco corrupções da mente, através das quais a mente nem é maleável, nem manuseável e tampouco luminosa, mas quebradiça e desprovida da correta concentração para a destruição das impurezas.”
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"E como um bhikkhu permanece contemplando os objetos mentais como objetos mentais referentes aos cinco obstáculos?
Aqui, havendo nele desejo sensual, um bhikkhu compreende: 'Existe em mim desejo sensual'; ou não havendo nele desejo sensual, ele compreende: 'Não existe em mim desejo sensual'; e ele também compreende como se despertam os desejos sensuais que ainda não despertaram e como acontece o abandono de desejos sensuais despertos e como acontece para que desejos sensuais abandonados não despertem no futuro.
Havendo nele má-vontade ... havendo nele preguiça e torpor ... havendo nele inquietação e ansiedade ... havendo nele dúvida, um bhikkhu compreende: 'Existe dúvida em mim'; ou não havendo dúvida nele, ele compreende: 'Não existe dúvida em mim'; e ele compreende como se desperta a dúvida que ainda não se despertou e como acontece o abandono da dúvida desperta e como acontece para que a dúvida abandonada não desperte no futuro."
[MN 10]
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Fazer uma nota mental imediatamente após o surgimento de um dos obstáculos, assim como recomendado no texto anterior, é um método simples, mas também muito efetivo para afastar essas e outras contaminações da mente. Fazendo isso, um "freio" é aplicado contra a continuação do fluxo descontrolado dos pensamentos prejudiciais e, a vigilância da mente ao reaparecimento deles é fortalecida. Esse método se baseia no simples fato psicológico que é expressado pelos comentaristas da seguinte forma: "Um pensamento hábil e inábil não podem ocorrer juntos ao mesmo tempo na mente. Portanto, na hora que se reconhece o desejo sensual (que surgiu no momento precedente), aquele desejo sensual não mais existe (há somente o ato de conhecer).
II. Os Obstáculos Individualmente
"Bhikkhus, tal como este corpo, sustentado pelo alimento, subsiste na dependência do alimento e não subsiste sem alimento, assim também os cinco obstáculos, sustentados pelo alimento, subsistem na dependência do alimento e não subsistem sem alimento."
A. O alimento do desejo sensual
"Há, bhikkhus, o sinal da beleza: dar com frequência atenção sem sabedoria para isso, esse é o alimento para o surgimento do desejo sensual que ainda não surgiu ou para o crescimento e incremento do desejo sensual, uma vez que este tenha surgido."
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B. A esfomeação do desejo sensual
" Há, bhikkhus, o sinal da repulsa: dar com frequência atenção com sabedoria para isso, essa é a esfomeação que previne o surgimento do desejo sensual que ainda não surgiu e o crescimento e incremento do desejo sensual, uma vez que este tenha surgido."
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Seis coisas levam ao abandono do desejo sensual:
1. Aprender a meditar em objetos repulsivos;
2. Dedicar-se à meditação nos aspectos repulsivos;
3. Guardar as portas dos sentidos;
4. Moderação no comer;
5. Apoio de amigos admiráveis;
6. Conversa apropriada.
- Comentário do Satipatthana Sutta
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1. Aprender a meditar em objetos repulsivos
2. Dedicar-se à meditação nos aspectos repulsivos
(a) Objetos repulsivos
"Naquele que está dedicado à meditação em objetos repulsivos, a repulsão com relação a objetos belos é firmemente estabelecida. Esse é o resultado."
"Objetos repulsivos" refere-se, em particular, às contemplações dos cemitérios, assim como dito no Satipatthana Sutta e explicado no Visuddhimagga; mas ela se refere também aos aspectos repulsivos dos objetos dos sentidos em geral.
(b) A repugnância do corpo
"Novamente, bhikkhus, um bhikkhu examina esse mesmo corpo para cima, a partir da sola dos pés e para baixo, a partir do topo da cabeça, limitado pela pele e repleto de muitos tipos de coisas repulsivas, portanto: "Neste corpo existem cabelos, pêlos do corpo, unhas, dentes, pele, carne, tendões, ossos, tutano, rins, coração, fígado, diafragma, baço, pulmões, intestino grosso, intestino delgado, conteúdo do estômago, fezes, bílis, fleuma, pus, sangue, suor, gordura, lágrimas, saliva, muco, líquido sinovial e urina."
[MN 10]
"O corpo é mantido unido pelos tendões e ossos, encoberto pelos músculos e pele, a verdadeira natureza do corpo não é percebida... Mas o tolo, tomado pela ignorância, pensa que tudo isso é belo..."
(c) Outras contemplações
"Os prazeres sensuais oferecem pouca satisfação, muito sofrimento e muito desespero, e que tão grande perigo existe neles."
[MN 14]
"O desagradável com aparência de agradável, o desamado com aparência de amado, a dor com a aparência de felicidade, subjugam aquele que é negligente."
[Ud II.8]
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3. Guardar as portas dos sentidos
"E como, amigo, ele guarda as portas dos meios dos sentidos? Neste caso, ao ver uma forma com o olho, um bhikkhu não se agarra aos seus sinais ou detalhes. Visto que, se permanecer com a faculdade do olho descuidada, ele será tomado pelos estados ruins e prejudiciais de cobiça e tristeza. Ele pratica a contenção, ele protege a faculdade do olho, ele se empenha na contenção da faculdade do olho. Ao ouvir um som com o ouvido ... Ao cheirar um aroma com o nariz … Ao saborear um sabor com a língua … Ao tocar um tangível com o corpo … Ao conscientizar um objeto mental com a mente, ele não se agarra aos seus sinais ou detalhes. Visto que, se permanecer com a faculdade da mente descuidada, ele será tomado pelos estados ruins e prejudiciais de cobiça e tristeza. Ele pratica a contenção, ele protege a faculdade da mente, ele se empenha na contenção da faculdade da mente."
"Há formas conscientizadas através do olho e que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem gostadas, conectadas com o desejo sensual e que provocam a cobiça, e se um bhikkhu não busca nelas o prazer, não as acolhe e não permanece atado a elas, o deleite cessa. Não havendo o deleite, não há paixão. Não havendo a paixão, não há grilhões. Libertado do grilhão do deleite esse bhikkhu é chamado aquele que vive só. "Há sons conscientizados através do ouvido … aromas conscientizados através do nariz … sabores conscientizados através da língua … tangíveis conscientizados através do corpo ... objetos mentais percebidos através da mente que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem gostados, conectados com o desejo sensual e que provocam a cobiça, e se um bhikkhu não busca neles o prazer, não os acolhe e não permanece atado a eles, o deleite cessa. Não havendo o deleite, não há paixão. Não havendo a paixão, não há grilhões. Libertado do grilhão do deleite esse bhikkhu é chamado aquele que vive só."
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4. Moderação no comer
"Refletindo de maneira sábia, ele não usa os alimentos esmolados nem para diversão nem para embriaguez, tampouco com o objetivo de embelezamento e para ser mais atraente, somente com o propósito de manter a resistência e continuidade desse corpo, como forma de dar um fim ao desconforto e para auxiliar a vida santa, considerando: 'Dessa forma darei um fim às antigas sensações (de fome) sem despertar novas sensações (de comida em excesso) e serei saudável e sem culpa e viverei em comodidade.'"
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5. Apoio de amigos admiráveis
Aqui se refere, em particular a amigos que são experientes e que podem servir de exemplo e ajuda na superação do desejo sensual, especialmente nas meditações em objetos repulsivos. Mas também se aplica à amizade admirável em geral. Essa mesma explicação é válida para os outros obstáculos fazendo as devidas substituições.
"Não diga isso, Ananda. Isso é toda a vida santa, Ananda, isto é, ter pessoas admiráveis como bons amigos, companheiros e camaradas. Quando um bhikkhu tem pessoas admiráveis como bons amigos, companheiros e camaradas, é de se esperar que ele desenvolva e se dedique ao Nobre Caminho Óctuplo."
[SN XLV.2]
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6. Conversa apropriada
Aqui se refere, em particular à conversa sobre a superação do desejo sensual, especialmente sobre meditações em objetos repulsivos. Entretanto, também se aplica a toda conversa que ajude alguém a progredir no caminho. Essa mesma explicação é válida para os outros obstáculos fazendo as devidas substituições.
"Quando um bhikkhu está assim, se a sua mente se inclinar para conversar, ele decide: 'Essa conversa é baixa, vulgar, grosseira, ignóbil, não traz benefício e não conduz ao desencantamento, desapego, cessação, paz, conhecimento direto, iluminação e Nibbana, isto é, conversa sobre reis, ladrões, ministros de estado, exércitos, alarmes e batalhas; comida e bebida, roupas, mobília, ornamentos e perfumes, parentes; veículos; vilarejos, vilas, cidades, o campo; mulheres e heróis; as fofocas das ruas e do poço; contos dos mortos; contos da diversidade (discussões filosóficas do passado e futuro), a criação do mundo e do mar e falar sobre a existência ou não das coisas: desse tipo de conversa eu não participo.' Dessa forma ele possui plena consciência daquilo.
Mas ele decide: 'Aquelas conversas que tratam da obliteração, que favorecem a libertação da mente, que conduzem ao completo desencantamento, desapego, cessação, paz, conhecimento direto, iluminação e Nibbana, isto é, conversas sobre querer pouco, satisfação, afastamento, distância da sociedade, despertar a energia, virtude, concentração, sabedoria, libertação, conhecimento e visão da libertação: desse tipo de conversa eu participo.' Dessa forma ele possui plena consciência daquilo."
[MN 122]
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As seguintes coisas também são úteis para superar o desejo sensual:
- Unificação da mente (ekaggata), dos fatores de absorção (jhananga);
- Atenção Plena (sati), das faculdades espirituaiss (indriya);
- Atenção Plena (sati), dos fatores da iluminação (bojjhanga).
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C. Símile
"Suponha, brâmane uma tigela com água misturada com tinta vermelha, amarela, azul ou laranja, se um homem com boa visão examinasse o reflexo da sua face, ele não a perceberia e não a veria como na verdade ela é. Do mesmo modo, brâmane, quando alguém permanece com a mente obcecada pelo desejo sensual ... mesmo os mantras que estão sendo recitados há muito tempo não vêm à mente, sem falar naqueles que não estão sendo recitados."
A. O alimento da má-vontade
"Há, bhikkhus, o sinal do repulsivo: dar com frequência atenção sem sabedoria para isso, esse é o alimento para o surgimento da má-vontade que ainda não surgiu ou para o crescimento e incremento da má-vontade, uma vez que esta tenha surgido."
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B. A esfomeação da má-vontade
"Há, bhikkhus, a libertação da mente através do amor-bondade: dar com frequência atenção com sabedoria para isso, essa é a esfomeação que previne o surgimento da má-vontade que ainda não surgiu e o crescimento e incremento da má-vontade, uma vez que esta tenha surgido."
"Desenvolva a meditação do amor-bondade; pois quando você desenvolve a meditação do amor-bondade, toda má-vontade será abandonada.
Desenvolva a meditação da compaixão; pois quando você desenvolve a meditação da compaixão, toda crueldade será abandonada.
Desenvolva a meditação da alegria altruísta; pois quando você desenvolve a meditação da alegria altruísta, todo descontentamento será abandonado.
Desenvolva a meditação da equanimidade; pois quando você desenvolve a meditação da equanimidade, toda aversão será abandonada."
[MN 62]
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Seis coisas levam ao abandono da má-vontade:
1. Aprender a meditar sobre o amor-bondade;
2. Dedicar-se à meditação de amor-bondade;
3. Refletir que se é herdeiro e dono de suas próprias ações (kamma);
4. Reflexão frequente da forma a seguir:
"Estando com raiva de outra pessoa, o que nós podemos fazer a ela? Nós podemos destruir as virtudes e boas qualidades dela? Nós não chegamos ao estado presente de acordo com nossas ações, e isso também não continuará a ocorrer no futuro? Ter raiva com relação ao outro é o mesmo que uma pessoa, querendo golpear outra, pegar com as mãos brasas incandescentes, ou um anzol de ferro, ou excrementos. E, da mesma forma, se a outra pessoa estiver com raiva de você, o que ela pode fazer a você? Ela pode destruir suas virtudes e boas qualidades? Ela também chegou ao estado presente de acordo com suas ações, e isso também não continuará a ocorrer no futuro? Da mesma forma como um presente recusado, ou como um punhado de poeira jogado contra o vento, a raiva dela irá cair sobre sua própria cabeça."
5. Apoio de amigos admiráveis
6. Conversa apropriada
- Comentário do Satipatthana Sutta
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As seguintes coisas também são úteis para superar a má-vontade:
- Êxtase (piti), dos fatores de absorção (jhanaanga);
- Convicção (saddha), das faculdades espirituais ((indriya);
- Êxtase (piti) e equanimidade (upekkha), ddos fatores da iluminação (bojjhanga).
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C. Símile
"Suponha, brâmane uma tigela com água sendo aquecida ao fogo, com a água borbulhando, se um homem com boa visão examinasse o reflexo da sua face, ele não a perceberia e não a veria como na verdade ela é. Do mesmo modo, brâmane, quando alguém permanece com a mente obcecada pela má vontade ... mesmo os mantras que estão sendo recitados há muito tempo não vêm à mente, sem falar naqueles que não estão sendo recitados."
A. O alimento da preguiça e torpor
"Há, bhikkhus, a letargia descontente, o espreguiçamento preguiçoso, a sonolência após a refeição e a preguiça mental: dar com frequência atenção sem sabedoria para isso, esse é o alimento para o surgimento da preguiça e torpor que ainda não surgiram ou para o crescimento e incremento da preguiça e torpor, uma vez que estes tenham surgido."
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B. A esfomeação da preguiça e torpor
"Há, bhikkhus, o elemento do estímulo, o elemento do empenho, o elemento do esforço: dar com frequência atenção com sabedoria para isso, essa é a esfomeação que previne o surgimento da preguiça e torpor que ainda não surgiram e o crescimento e incremento da preguiça e torpor, uma vez que estas tenham surgido."
"Com satisfação eu deixaria a carne e o sangue do meu corpo secar, deixando só pele, tendões e ossos, se eu não tiver atingido o que pode ser atingido através da firmeza humana, da energia humana e do esforço humano, não haverá nenhum relaxamento na minha energia."
[MN 70]
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Seis coisas que levam ao abandono da preguiça e torpor:
1. Saber que comer em excesso é uma de suas causas;
2. Trocar a postura do corpo;
3. Focar-se na percepção da luminosidade;
4. Ficar ao ar livre;
5. Apoio de amigos admiráveis;
6. Conversa apropriada.
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As seguintes coisas também são úteis na superação da preguiça e torpor:
1. Contemplação sobre a morte
"Hoje o esforço tem que ser feito; amanhã a Morte poderá vir, quem sabe?"
[MN 131]
2. Percepção do sofrimento naquilo que impermanente
"Quando um bhikkhu com frequência cultiva a percepção do sofrimento naquilo que é impermanente, uma aguçada percepção do perigo e temor é estabelecida nele em relação à letargia, indolência, preguiça, negligência, falta de determinação e desatenção, como em relação a um assassino com a espada levantada."
[AN VII.46]
3. Alegria altruísta
"Desenvolva a meditação da alegria altruísta; pois quando você desenvolve a meditação da alegria altruísta, todo descontentamento será abandonado."
[MN 62]
4. Contemplação da jornada espiritual
Tenho de seguir o caminho pelo qual os Budas, Budas "silenciosos" (pacceka-buddha) e Grandes Discípulos caminharam; mas esse caminho não pode ser seguido por uma pessoa indolente.
Vism. IV,55
5. Contemplação sobre a grandeza do Mestre
A completa aplicação da energia era elogiada por meu Mestre, ele é incomparável em suas instruções e uma incomparável ajuda para todos nós. Ele é respeitado por praticar o Dhamma que ele descobriu, não por outra razão.
Vism. IV,55
6. Contemplação sobre a grandeza da Herança
Eu tenho de tomar posse da Grande Herança, conhecida como o Bom Dhamma. Mas uma pessoa indolente não pode fazê-lo.
Vism. IV,55
7. Como estimular a mente
Como alguém deve estimular sua mente no momento em que for necessária a estimulação? Se devido à lentidão na aplicação da sabedoria ou devido ao não atingimento da felicidade e tranquilidade, a mente de alguém está desmotivada, então essa pessoa deveria fazer surgir a energia através da reflexão em oito objetos motivadores. Esses oito são: nascimento, decaimento, doença e morte; o sofrimento nos mundos miseráveis; o sofrimento do passado enraizado na roda da existência; o sofrimento do futuro enraizado na roda da existência; o sofrimento do presente enraizado na busca por alimento.
Vism. IV,63
8. Como superar a sonolência
"Certa vez o Abençoado disse ao Venerável Maha-Moggallana: 'Você está cabeceando, Moggallana? Você está cabeceando?' - 'Sim, venerável senhor.'
(1) Então, Moggallana, qualquer percepção que você tenha em mente quando a sonolência surgir, não dê atenção para essa percepção, não insista nisso. É possível que, ao fazer isso, você se livre da sonolência.
(2) Mas, se ao fazer isso, você não se livrar da sonolência, então traga para a memória o Dhamma da forma como você o ouviu e memorizou, reexamine e pondere isso na sua mente. É possível que, ao fazer isso, você se livre da sonolência.
(3) Mas, se ao fazer isso, você não se livrar da sonolência, então recite em detalhe o Dhamma da forma como você o ouviu e memorizou. É possível que, ao fazer isso, você se livre da sonolência.
(4) Mas, se ao fazer isso, você não se livrar da sonolência, então pressione os lóbulos das orelhas e esfregue os membros com as mãos. É possível que, ao fazer isso, você se livre da sonolência.
(5) Mas, se ao fazer isso, você não se livrar da sonolência, então levante do seu assento e depois de lavar os olhos com água, olhe em volta em todas as direções e para cima para as estrelas e as constelações. É possível que, ao fazer isso, você se livre da sonolência.
(6) Mas, se ao fazer isso, você não se livrar da sonolência, então coloque a sua atenção na percepção da luz, permaneça resoluto na percepção da luz do dia, sendo o dia o mesmo que a noite, a noite o mesmo que o dia. Assim com a atenção aberta e desimpedida desenvolva uma mente luminosa. É possível que, ao fazer isso, você se livre da sonolência.
(7) Mas, se ao fazer isso você não se livrar da sonolência, então com os sentidos imersos internamente, sem que a mente se disperse para o exterior, pratique a meditação andando, caminhando para cá e para lá, com atenção plena e plena consciência. É possível que, ao fazer isso, você se livre da sonolência.
(8) Mas, se ao fazer isso, você não se livrar da sonolência, então deite do lado direito, na postura do leão, com um pé sobre o outro, atento e plenamente consciente, após anotar na sua mente o horário para levantar. Assim que despertar, levante-se com rapidez, com o pensamento, 'Eu não irei me entregar ao prazer de ficar deitado, o prazer de estar recostado, o prazer da sonolência.'
Assim, Moggallana, é como você deve treinar."
[AN VII.58]
9. Os cinco perigos ameaçadores
"Bhikkhus, quando um bhikkhu que habita as florestas considera cinco perigos futuros, isso é o suficiente para que ele permaneça diligente, ardente e decidido para alcançar aquilo que ainda não foi alcançado, para obter aquilo que ainda não foi obtido, para realizar aquilo que ainda não foi realizado. Quais cinco?
(1) "Aqui, um bhikkhu reflete assim: 'Eu agora sou jovem, com o cabelo negro, dotado com as bênçãos da juventude, no primeiro estágio da vida. Mas chegará o tempo em que a velhice irá tomar conta do corpo. Agora, quando alguém é velho, subjugado pela idade, não é fácil se ocupar com os ensinamentos do Buda; não é fácil viver em locais afastados nas florestas e bosques. Antes que essa condição indesejada, não aspirada, desagradável recaia sobre mim, que eu estimule a energia para alcançar aquilo que ainda não foi alcançado, para obter aquilo que ainda não foi obtido, para realizar aquilo que ainda não foi realizado. Assim, quando eu estiver naquela condição, permanecerei tranquilo muito embora esteja velho.' Esse é o primeiro perigo futuro que considerado por um bhikkhu é o suficiente para que ele permaneça diligente, ardente e decidido para alcançar aquilo que ainda não foi alcançado, para obter aquilo que ainda não foi obtido, para realizar aquilo que ainda não foi realizado.
(2) "Novamente, um bhikkhu reflete assim: 'Eu estou raramente enfermo ou aflito, possuindo uma boa digestão, que não é nem demasiado fria nem demasiado quente, mas média, e adequada para o esforço. Mas chegará o tempo em que a enfermidade irá tomar conta do corpo. Agora, quando alguém é enfermo, subjugado pela enfermidade, não é fácil se ocupar com os ensinamentos do Buda; não é fácil viver em locais afastados nas florestas e bosques. Antes que essa condição indesejada, não aspirada, desagradável recaia sobre mim, que eu estimule a energia para alcançar aquilo que ainda não foi alcançado, para obter aquilo que ainda não foi obtido, para realizar aquilo que ainda não foi realizado. Assim, quando eu estiver naquela condição, permanecerei tranquilo muito embora esteja enfermo.' Esse é o segundo perigo futuro que considerado por um bhikkhu é o suficiente para que ele permaneça diligente, ardente e decidido para alcançar aquilo que ainda não foi alcançado, para obter aquilo que ainda não foi obtido, para realizar aquilo que ainda não foi realizado.
(3) "Novamente, um bhikkhu reflete assim: 'Há abundância de comida, a colheita foi boa, sendo fácil conseguir comida esmolada e é fácil subsistir. Mas chegará o tempo em que haverá fome, a colheita será pobre, uma época em que será difícil conseguir comida esmolada e não será fácil subsistir. Numa época de fome as pessoas migram para os lugares em que há comida em abundância e as condições de vida são congestionadas e abarrotadas de gente. Agora, quando as condições de vida são congestionadas e abarrotadas de gente, não é fácil se ocupar com os ensinamentos do Buda; não é fácil viver em locais afastados nas florestas e bosques. Antes que essa condição indesejada, não aspirada, desagradável recaia sobre mim, que eu estimule a energia para alcançar aquilo que ainda não foi alcançado, para obter aquilo que ainda não foi obtido, para realizar aquilo que ainda não foi realizado. Assim, quando eu estiver naquela condição, permanecerei tranquilo muito embora esteja numa situação de fome.' Esse é o terceiro perigo futuro que considerado por um bhikkhu é o suficiente para que ele permaneça diligente, ardente e decidido para alcançar aquilo que ainda não foi alcançado, para obter aquilo que ainda não foi obtido, para realizar aquilo que ainda não foi realizado.
(4) "Novamente, um bhikkhu reflete assim: 'As pessoas vivem em concórdia, com apreço mútuo, sem disputas, mesclando como leite e água, vendo um ao outro com bondade. Mas chegará o tempo em que haverá perigo, turbulência na floresta, e as pessoas do campo, montadas sobre os seus veículos fugindo para todos os lados. Numa época de perigo as pessoas migram para os lugares seguros e as condições de vida são congestionadas e abarrotadas de gente. Agora, quando as condições de vida são congestionadas e abarrotadas de gente, não é fácil se ocupar com os ensinamentos do Buda; não é fácil viver em locais afastados nas florestas e bosques. Antes que essa condição indesejada, não aspirada, desagradável recaia sobre mim, que eu estimule a energia para alcançar aquilo que ainda não foi alcançado, para obter aquilo que ainda não foi obtido, para realizar aquilo que ainda não foi realizado. Assim, quando eu estiver naquela condição, permanecerei tranquilo muito embora esteja numa situação de perigo.' Esse é o quarto perigo futuro que considerado por um bhikkhu é o suficiente para que ele permaneça diligente, ardente e decidido para alcançar aquilo que ainda não foi alcançado, para obter aquilo que ainda não foi obtido, para realizar aquilo que ainda não foi realizado.
(5) "Novamente, um bhikkhu reflete assim: 'Não há tensão na Sangha - há concórdia, harmonia; sem disputas, com uma única recitação. Mas chegará o tempo em que haverá um cisma na Sangha. Agora, quando há um cisma na Sangha, não é fácil se ocupar com os ensinamentos do Buda; não é fácil viver em locais afastados nas florestas e bosques. Antes que essa condição indesejada, não aspirada, desagradável recaia sobre mim, que eu estimule a energia para alcançar aquilo que ainda não foi alcançado, para obter aquilo que ainda não foi obtido, para realizar aquilo que ainda não foi realizado. Assim, quando eu estiver naquela condição, permanecerei tranquilo muito embora esteja numa situação de cisma na Sangha.' Esse é o quarto perigo futuro que considerado por um bhikkhu é o suficiente para que ele permaneça diligente, ardente e decidido para alcançar aquilo que ainda não foi alcançado, para obter aquilo que ainda não foi obtido, para realizar aquilo que ainda não foi realizado." [1]
[AN V.78]
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As seguintes coisas também são úteis na superação da preguiça e torpor:
- Pensamento aplicado (vitakka), dos fatores de abbsorção (jhananga);
- Energia (viriya), das faculdades espirituais (
- Investigação dos fenômenos (Dhamma vicaya), enerrgia (viriya) e êxtase (piti), dos fatores da iluminação (bojjhanga).
* * *
"Numa ocasião, bhikkhus, em que a mente ficar letárgica, é inoportuno desenvolver o fator da iluminação da tranquilidade, o fator da iluminação da concentração e o fator da iluminação da equanimidade. Por qual razão? Porque a mente está letárgica, bhikkhus, e é difícil estimulá-la com essas coisas.
Numa ocasião, bhikkhus, em que a mente ficar letárgica, é oportuno desenvolver o fator da iluminação da investigação dos fenômenos, o fator da iluminação da energia e o fator da iluminação do êxtase. Por qual razão? Porque a mente está letárgica, bhikkhus, e é fácil estimulá-la com essas coisas."
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C. Símile
"Suponha, brâmane uma tigela com água coberta por musgo e plantas aquáticas, se um homem com boa visão examinasse o reflexo da sua face, ele não a perceberia e não a veria como na verdade ela é. Do mesmo modo, brâmane, quando alguém permanece com a mente obcecada pela preguiça e torpor ... mesmo os mantras que estão sendo recitados há muito tempo não vêm à mente, sem falar naqueles que não estão sendo recitados."
A. O alimento da inquietação e ansiedade
"Há, bhikkhus, a mente conturbada: dar com frequência atenção sem sabedoria para isso, esse é o alimento para o surgimento da inquietação e ansiedade que ainda não surgiram ou para o crescimento e incremento da inquietação e ansiedade, uma vez que estas tenham surgido."
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B. A esfomeação da inquietação e ansiedade
"Há, bhikkhus, a paz mental: dar com frequência atenção com sabedoria para isso, essa é a esfomeação que previne o surgimento da inquietação e ansiedade que ainda não surgiram e o crescimento e incremento da inquietação e ansiedade, uma vez que estas tenham surgido."
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Seis coisas levam ao abandono da inquietação e ansiedade:
1. Conhecer as escrituras Budistas (Doutrina e Disciplina);
2. Fazer perguntas sobre elas;
3. Familiaridade com o Vinaya (o Código de Disciplina Monástica, e para os discípulos laicos, os princípios de conduta ética);
4. Associar-se com aqueles maduros na idade e experiência, que possuem dignidade, moderação e calma;
5. Apoio de amigos admiráveis;
6. Conversa adequada.
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As seguintes coisas também são úteis na superação da inquietação e ansiedade:
- Concentração (samadhi), das faculdades espirituaais (indriya);
- Tranquilidade (passaddhi), concentração (samaadhi) e equanimidade (upekkha), dos fatores da iluminação (bojjhanga).
"Numa ocasião, bhikkhus, em que a mente ficar excitada, é inoportuno desenvolver o fator da iluminação da investigação dos fenômenos, o fator da iluminação da energia e o fator da iluminação do êxtase. Por qual razão? Porque a mente está excitada, bhikkhus, e é difícil acalmá-la com essas coisas.
Numa ocasião, bhikkhus, em que a mente ficar excitada, é oportuno desenvolver o fator da iluminação da tranquilidade, o fator da iluminação da concentração e o fator da iluminação da equanimidade. Por qual razão? Porque a mente está excitada, bhikkhus, e é fácil acalmá-la com essas coisas."
* * *
C. Símile
"Suponha, brâmane uma tigela com água sendo agitada pelo vento, cheia de ondulações, se um homem com boa visão examinasse o reflexo da sua face, ele não a perceberia e não a veria como na verdade ela é. Do mesmo modo, brâmane, quando alguém permanece com a mente obcecada pela inquietação e ansiedade ... mesmo os mantras que estão sendo recitados há muito tempo não vêm à mente, sem falar naqueles que não estão sendo recitados."
A. O alimento da Dúvida
"Há, bhikkhus, coisas que são a base da dúvida: dar com frequência atenção sem sabedoria para isso, esse é o alimento para o surgimento da dúvida que ainda não surgiu ou para o crescimento e incremento da dúvida, uma vez que esta tenha surgido."
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B. A esfomeação da Dúvida
"Há, bhikkhus, qualidades mentais que são hábeis e inábeis, benéficas e prejudiciais, superiores e inferiores, claras e escuras com as suas contrapartidas: dar com frequência atenção com sabedoria para isso, essa é a esfomeação que previne o surgimento da dúvida que ainda não surgiu e o crescimento e incremento da dúvida, uma vez que esta tenha surgido."
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Das seis coisas que levam ao abandono da dúvida, as primeiras três e as duas últimas são idênticas às dadas na seção da inquietação e ansiedade. A quarta é:
Firme convicção no Buda, no Dhamma e na Sangha.
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Além disso, as seguintes coisas também são úteis na superação da dúvida :
- Pensamento sustentado (vicara), dos fatores de aabsorção (jhananga);
- Sabedoria (pañña), das faculdades espirituais (<indriya);
- Investigação dos fenômenos (Dhamma vicaya), dos fatores da iluminação (bojjhanga)
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C. Símile
"Suponha, brâmane uma tigela com água que está túrbida, agitada, com lodo, colocada num lugar escuro, se um homem com boa visão examinasse o reflexo da sua face, ele não a perceberia e não a veria como na verdade ela é. Do mesmo modo, brâmane, quando alguém permanece com a mente obcecada pela dúvida ... mesmo os mantras que estão sendo recitados há muito tempo não vêm à mente, sem falar naqueles que não estão sendo recitados."
I. O Sutta (DN 2)
" ... Dotado desse nobre agregado da virtude, essa nobre contenção das faculdades sensoriais, essa nobre atenção plena e plena consciência, ele procura um local isolado: na floresta, à sombra de uma árvore, uma montanha, uma ravina, uma caverna em uma encosta, um cemitério, um matagal, um espaço aberto, uma cabana vazia. Depois de esmolar alimentos, após a refeição, ele senta com as pernas cruzadas, com o corpo ereto e coloca a atenção plena à sua frente. Abandonando a cobiça (equivalente ao desejo sensual) pelo mundo, ele permanece com a mente livre de cobiça; ele purifica sua mente da cobiça. Abandonando a má-vontade, ele permanece com a mente livre de má-vontade, com compaixão pelo bem-estar de todos seres vivos; ele purifica sua mente da má-vontade. Abandonando a preguiça e o torpor, ele permanece livre da preguiça e do torpor, perceptivo à luz, atento e plenamente consciente; ele purifica sua mente da preguiça e do torpor. Abandonando a inquietação e a ansiedade, ele permanece calmo com a mente em paz; ele purifica sua mente da inquietação e da ansiedade. Abandonando a dúvida, ele assim permanece tendo superado a dúvida, sem perplexidade em relação a qualidades mentais hábeis; ele purifica a mente da dúvida.
Suponha que um homem, tomando um empréstimo, invista no seu negócio. Os seu negócios vão bem. Ele paga a dívida e sobra algo para sustentar a sua esposa. O pensamento lhe ocorreria, 'Antes, tomei um empréstimo, investi no meu negócio. Agora o meu negócio foi bem. Eu paguei a dívida e sobrou algo para sustentar minha esposa'. Por causa disso ele experimentaria alegria e felicidade.
Agora suponha que um homem se enferme – com dores e seriamente doente. Ele não tolera a comida e não há força no seu corpo. Conforme o tempo passa, ele finalmente se recupera dessa enfermidade. Ele tolera a comida e há força no seu corpo. O pensamento lhe ocorreria, 'Antes, eu estava doente ... Agora estou recuperado daquela doença. Eu tolero a minha comida, há força no meu corpo.' Por causa disso ele experimentaria alegria e felicidade.
Agora suponha que um homem está na prisão. Conforme o tempo passa, ele finalmente é libertado dessa prisão, são e salvo, sem perda de patrimônio. O pensamento lhe ocorreria, 'Antes, eu estava na prisão. Agora estou livre da prisão, são e salvo, sem perda do meu patrimônio.' Por causa disso ele experimentaria alegria e felicidade.
Agora suponha que um homem é um escravo, sujeito a outros, não sujeito a si mesmo, incapaz de ir aonde queira. Conforme o tempo passa, ele finalmente é libertado daquela escravidão, sujeito a si mesmo, não sujeito a outros, livre, capaz de ir aonde queira. O pensamento lhe ocorreria, 'Antes, eu era um escravo … Agora estou livre daquela escravidão, sujeito a mim mesmo, não sujeito a outros, livre, capaz de ir aonde queira.' Por causa disso ele experimentaria alegria e felicidade.
Agora suponha que um homem, carregando dinheiro e mercadorias, está viajando por uma estrada em uma região desolada. Conforme o tempo passa, ele finalmente emerge daquela região desolada, são e salvo, sem perda de patrimônio. O pensamento lhe ocorreria, 'Antes, carregando dinheiro e mercadorias, eu estava viajando por uma estrada em uma região desolada. Agora emergi dessa região desolada, são e salvo, sem perda do meu patrimônio.' Por causa disso ele experimentaria alegria e felicidade.
Da mesma forma, quando esses cinco obstáculos não são abandonados por ele, o bhikkhu os considera como uma dívida, uma enfermidade, uma prisão, a escravidão, uma estrada através de uma região desolada.
Porém, quando esses cinco obstáculos são abandonados, ele os considera como não ter dívidas, ter boa saúde, estar livre da prisão, estar livre da escravidão, estar num lugar com segurança.
Vendo que os obstáculos foram abandonados por ele, ele fica satisfeito. Satisfeito, o êxtase surge. Com o êxtase, o seu corpo se acalma. Com o corpo calmo, ele sente felicidade. Sentindo felicidade, a sua mente fica concentrada.
Então um bhikkhu afastado dos prazeres sensuais, afastado das qualidades não hábeis, entra e permanece no primeiro jhana, que é caracterizado pelo pensamento aplicado e sustentado, com o êxtase e felicidade nascidos do afastamento. Ele permeia e impregna, cobre e preenche o corpo com o êxtase e felicidade nascidos do afastamento. Ele entra e permanece no segundo... terceiro... quarto jhana ..."
A. Os Símiles para os Obstáculos
O texto do sutta diz: "Da mesma forma, quando esses cinco obstáculos não são abandonados por ele, o bhikkhu os considera como uma dívida, uma enfermidade, uma prisão, uma escravidão, uma estrada através de uma região desolada."
Aqui o Buda compara o não abandono do obstáculo do desejo sensual com estar endividado; o não abandono da má-vontade com estar doente, e assim por diante. Esses símiles devem ser entendidos da seguinte forma:
1. Desejo Sensual
Há um homem que se endividou, mas que agora está falido. Nesse caso, se os credores falarem duramente ao pedirem que ele pague a dívida, ele não poderia retaliar e acabaria tendo de tolerar essa situação. É devido à dívida que ele tem de tolerar isso.
Da mesma forma, se um homem está com a mente preenchida de desejo sensual por uma outra pessoa, ele vai, cheio de desejos pelo objeto de desejo, se apegar a ele. Mesmo que essa pessoa fale duramente com ele, o irrite, ou até mesmo o golpeie, ele terá de tolerar tudo isso. É devido ao desejo sensual que ele tem de tolerar isso. É dessa forma que o desejo sensual pode ser comparado com estar endividado.
2. Má-Vontade
Se um homem sofre de uma doença que cause náusea, e recebe até mesmo mel ou açúcar, ele não irá desfrutar do sabor. Ele vai rapidamente vomitar, reclamando, "É amargo, amargo!"
Da mesma forma, se alguém tem temperamento raivoso e é censurado por seu professor ou preceptor, que querem o bem dele, ele não aceita o conselho deles. Dizendo "Vocês me atormentam demais!" ele irá deixar a Comunidade, ou ir embora e perambular. Assim como as pessoas que sofrem de uma doença nauseante não desfrutam do sabor do mel e do açúcar, aquele que tem a doença da raiva não vai desfrutar do sabor do Ensinamento do Buda, que consiste da felicidade dos estados de absorção meditativa, etc. É dessa forma que a má-vontade se assemelha à doença.
3. Preguiça e Torpor
Uma pessoa foi mantida na cadeia durante um dia de festividades, e devido a isso, não pôde ver nem o começo, nem o meio, nem o fim das festividades. Se ele for libertado no dia seguinte, e ouvir pessoas dizendo: "Oh, como foi prazeroso o festival de ontem! Oh, aquelas danças e canções!" ele não irá dar nenhuma resposta. E por que? Porque ele mesmo não aproveitou o festival.
Da mesma forma, mesmo se o mais eloquente discurso no Dhamma for dado, um bhikkhu dominado pela preguiça e torpor não saberá o começo, o meio ou o fim. Se depois do discurso, ele ouve elogios: "Como foi agradável ouvir o Dhamma! Como foi interessante o tópico e como os símiles foram bem colocados!" ele não poderá dizer nada. E por que não? Porque, devido à sua preguiça e torpor ele não aproveitou o discurso. É dessa forma que a preguiça e torpor podem ser comparados com o aprisionamento.
4. Inquietação e Ansiedade
Se um escravo que quer desfrutar de um festival, mas ouve de seu senhor: "Vá rapidamente para tal e tal lugar! Existe trabalho urgente para se fazer. Se você não o fizer, eu irei cortar suas mãos e pés, suas orelhas e nariz!". Ouvindo isso esse escravo vai fazer rapidamente o que lhe foi ordenado, e não irá desfrutar de nenhuma parte do festival. Isso ocorre porque ele é dependente dos outros.
Da mesma forma, se um bhikkhu não for um bom conhecedor do Vinaya (o Código de Disciplina) e for para a floresta em busca de isolamento. Se em qualquer caso, devido à questão da carne que pode ser consumida (Sub-Comentário: por exemplo: carne de porco) ele acha que não poderia ser consumida (tomando-a como carne de urso), ele deve interromper seu isolamento e purificar sua conduta, deve ir a um bom conhecedor do Vinaya. Assim, ele não poderá desfrutar da felicidade originada do isolamento porque ele é afetado pela inquietação e ansiedade. É dessa forma que a inquietação e ansiedade podem ser comparados à escravidão.
5. Dúvida
Um homem viajando pelo deserto, sabendo que os viajantes podem ser saqueados ou mortos por ladrões, ao menor ruído de um graveto ou pássaro ele se torna ansioso e cheio de medo, pensando: "Os ladrões apareceram!". Ele vai dar poucos passos, e depois, tomado pelo medo, parar, e continuar dessa forma; ou ele pode até se virar de costas. Parando mais frequentemente que andando, somente com grandes esforços e dificuldades que ele vai chegar em um local seguro, ou talvez nem chegar.
Ocorre algo semelhante com alguém em que surgiu a dúvida em relação a um dos oito objetos de dúvida. [2] Tendo dúvidas se o Mestre é um Iluminado ou não, ele não pode aceitar isso com confiança. Incapaz de fazê-lo, ele não poderá atingir os caminhos nem os frutos dos estágios nobres. Assim, como um viajante no deserto não ter certeza se há ou não ladrões, ele faz surgir em sua mente um estado de ondulação e vacilação, uma incerteza, um estado de ansiedade; e assim ele cria para si mesmo um obstáculo para alcançar o terreno seguro dos estágios do despertar (ariya-bhumi). É dessa forma que a dúvida pode ser comparada com um viajante no deserto.
B. O Abandono dos Obstáculos
O texto do sutta diz: "Porém, quando esses cinco obstáculos são abandonados, ele os considera como não ter dívidas, ter boa saúde, estar livre da prisão, estar livre da escravidão, estar num lugar com segurança."
1. O Abandono do Desejo Sensual
Um homem, tendo tomado um empréstimo, usa-o para seus negócios e consegue prosperar. Então ele pensa: "Essa dívida é uma causa de vexames". Ele devolve o empréstimo junto com os juros e rasga a nota promissória. Depois disso ele não manda nem mensageiro nem carta aos seus credores; e mesmo que ele se encontre com eles, ele poderá decidir se irá ou não se levantar de seu assento e cumprimentá-los. E por que? Porque ele não deve mais nada a eles e também não é dependente deles.
Da mesma forma, um bhikkhu reflete: "O desejo sensual é uma causa de obstruções". Então ele cultiva as seis coisas que levam ao abandono desse obstáculo, e finalmente remove o obstáculo do desejo sensual. Assim como alguém que se libertou da dívida não sente nem medo nem ansiedade ao se encontrar com seus credores, aquele que abandonou o desejo sensual não mais é apegado ou atado ao objeto de seu desejo; mesmo que ele veja formas divinas, as paixões não o atingirão.
Por isso o Abençoado comparou o abandono do desejo sensual com estar livre da dívida.
2. O Abandono da Má-Vontade
Da mesma forma como uma pessoa que sofre de uma doença que cause náusea, ao ser curado por um medicamento, vai recuperar sua apreciação pelo sabor do mel e do açúcar, um bhikkhu, refletindo, "Essa má-vontade causa muitos males", desenvolve as seis coisas que levam ao abandono desse obstáculo e, finalmente remove o obstáculo da má-vontade. Assim como o paciente curado aprecia o sabor do mel e do açúcar, esse bhikkhu recebe as regras de treinamento com respeito e as cumpre apreciando o valor delas. Por essa razão o Abençoado comparou o abandono da má-vontade com a recuperação da saúde.
3. O Abandono da Preguiça e Torpor
Há uma pessoa que já esteve na cadeia num dia de festival. Mas quando ele é libertado e celebra o próximo festival, ele vai pensar: "Antes, devido a uma desatenção em minha conduta, tive de ficar na cadeia naquele dia e não pude aproveitar o festival. Dessa vez serei atento". E ele permanece atento à sua conduta de forma que nada de prejudicial entre em sua mente. Tendo aproveitado o festival, ele exclama: "Oh, como o festival foi bonito!"
Da mesma forma, um bhikkhu, percebendo que a preguiça e torpor causam grandes males, desenvolve as seis coisas que os contrapõem, e finalmente ele remove o obstáculo da preguiça e torpor. Assim como o homem libertado da prisão aproveita o festival inteiro, mesmo que por sete dias, esse bhikkhu que abandonou a preguiça e torpor é capaz de aproveitar o começo, o meio e o encerramento de um Festival do Dhamma (dhamma-nakkhata), e finalmente atinge o estado de Arahant junto com o quádruplo conhecimento discernente (patisambhida).
Por isso o Abençoado compara o abandono da preguiça e torpor com ser libertado da prisão.
4. O Abandono da Inquietação e Ansiedade
Há um escravo que, com a ajuda de um amigo, paga uma certa quantia ao seu senhor e se torna um homem livre, podendo então fazer o que ele quiser. Da mesma forma, um bhikkhu, percebendo a grande obstrução causada pela inquietação e ansiedade, cultiva as seis coisas que os contrapõem, e finalmente abandona o obstáculo da inquietação e ansiedade. E depois de abandoná-los ele é comparável a um homem verdadeiramente livre, podendo fazer aquilo que ele quiser. Assim como ninguém pode impedir que um homem livre faça aquilo que ele queira, a inquietação e ansiedade não podem impedir esse bhikkhu de andar feliz no caminho da renúncia (sukhanekkhama-patipada).
Por essa razão o Abençoado comparou o abandono da inquietação e ansiedade com estar livre da escravidão.
5. O Abandono da Dúvida
Há um homem forte que, com sua bagagem na mão, bem armado e acompanhado, viaja numa região desolada. Se ladrões o vissem de longe, eles fugiriam rapidamente. Atravessando com segurança a região desolada e chegando a um local seguro, ele se alegrará. Da mesma forma, um bhikkhu vendo que a dúvida é uma causa de grandes males, cultiva as seis coisas que servem como antídoto, e finalmente abandona a dúvida. Assim como um homem forte, armado e bem acompanhado, considerando os ladrões em número menor assim como a grama no solo, ele sairá da região desolada e chegará a um local seguro; similarmente um bhikkhu, tendo atravessado a região desolada da conduta incorreta, finalmente chegará um estado de suprema segurança, o estado imortal, Nibbana. Por isso o Abençoado comparou o abandono da dúvida com chegar a um local seguro.
Notas:
[1] Esse sutta é um dos sete textos canônicos recomendados pelo imperador Asoka no Segundo Edito de Pedra de Bhairat; "Veneráveis senhores, essas passagens da Lei, ou seja: Temores daquilo que pode vir a ocorrer (anagata-bhayani)..., falados pelo Respeitável Buda – eu desejo que muitos bhikkhus, bhikkhunis e laicos, sejam homens ou mulheres, possam ter a oportunidade de ouvir e tomar como objeto de reflexão". (Vincent A. Smith, Asoka. 3ª edição, pág. 54) [Retorna]
[2] Eles são, de acordo com o Vibhanga: dúvida a respeito do Buda, Dhamma, Sangha, o (triplo) treinamento, o passado, o futuro, tanto o passado como o futuro, e o condicionamento dos fenômenos. [Retorna]
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Os cinco fatores de absorção:
1. Vitakka (pensamento aplicado)
2. Vicara (pensamento sustentado)
3. Piti (êxtase)
4. Sukha (felicidade)
5. Ekaggata (unificação da mente)
As cinco faculdades espirituais:
1. Saddha (convicção)
2. Viriya (energia)
3. Sati (atenção plena)
4. Samadhi (concentração)
5. Pañña (sabedoria)
Os sete fatores da iluminação:
1. Sati (atenção plena)
2. Dhamma vicaya (investigação dos fenômenos)
3. Viriya (energia)
4. Piti (êxtase)
5. Passaddhi (tranquilidade)
6. Samadhi (concentração)
7. Upekkha (equanimidade)
Agradecemos a colaboração de Raryel Costa Souza na tradução deste guia de estudo do Inglês.
Revisado: 16 Abril 2013
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