Generosidade
Dana
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Um
tesouro
"E qual é o tesouro da generosidade? É o caso em que um nobre
discípulo permanece em casa com uma mente desprovida da mácula da avareza,
espontaneamente generoso, mão aberta, que se delicia com a renúncia, devotado à
caridade, deliciando-se em dar e compartir. A isto se denomina o tesouro da
generosidade."
-- AN VII.6
Cinco
recompensas
"Bhikkhus, há cinco benefícios da generosidade. Quais cinco? (1) A pessoa é estimada pelas pessoas em geral. (2) A pessoa tem pessoas verdadeiras como companheiros. (3) Ela desfruta de boa reputação. (4) A pessoa não se esquiva das responsabilidades de um chefe de família. (5) Na dissolução do corpo após a morte, ela renasce num destino feliz, no paraíso."
-- AN V.35
Superando
a mesquinharia
Conquiste a raiva com a não raiva,
conquiste o mal com o bem,
com a generosidade conquiste a avareza,
conquiste a mentira com a verdade.
-- Dhp 223
Aquilo que o ávaro teme quando ele não dá
é exatamente o perigo que ameaça o não doador.
A fome e a sede que o ávaro teme
afligem esse tolo neste mundo e no próximo.
-- SN I.32
Os avaros não vão para os paraísos,
os ignorantes não elogiam a generosidade,
mas o sábio que se delicia em dar
desfrutará de felicidade na vida futura.
--
Dhp 177
Dando
mesmo a sua última refeição
"Se os seres soubessem, como eu sei, os
resultados de dar e compartir, eles não comeriam sem antes ter dado, nem
permitiriam que a mácula do egoísmo tome conta das suas mentes. Mesmo se fosse o
seu último bocado, a sua última mordida, eles não comeriam sem ter compartido,
se houvesse alguém com quem compartir. Mas porque os seres não sabem, como eu
sei, os resultados de dar e compartir, eles comem sem ter dado. A mácula do
egoísmo toma conta das suas mentes."
-- It 26
Aquilo que é dado está bem salvo
“Portanto, quando o mundo arde
Com [as chamas] do envelhecimento e morte,
Ele deveria remover [sua riqueza] sendo generoso:
Aquilo que é dado está bem salvo.
“Aquilo que é dado produz bons frutos,
Mas não aquilo que não é dado.
Ladrões ou reis roubam-no,
É queimado pelo fogo ou perdido.
-- SN I.41
Dando no
momento adequado
Na época oportuna eles dão -
-- AN V.36
Para
colher as maiores recompensas a quem devemos dar?
Estando sentado a um lado, o rei Pasenadi de Kosala
disse para o Abençoado: "Onde, senhor, deve uma oferenda ser dada?"
"Em qualquer lugar em que a mente sinta
confiança, grande rei."
"Mas uma oferenda dada onde, senhor, resulta em
grandes frutos?"
"Esta [questão] é uma coisa, grande rei - ‘Onde
deve uma oferenda ser dada?’ - enquanto essa - ‘Onde é
que uma oferenda dada resulta em grandes frutos’ - é algo totalmente diferente. O
que é dado a uma pessoa virtuosa - ao invés de uma pessoa não virtuosa -
resulta em grandes frutos."
-- SN III.24
Muitos
frutos
"É possível, senhor,
apontar um fruto da generosidade visível no aqui e agora?"
"É possível, Siha.
Quem é generoso, um mestre na generosidade, é querido e simpático para as
pessoas em geral. E o fato de que quem é generoso, um mestre na generosidade,
ser querido e simpático para as pessoas em geral: esse é um fruto da
generosidade visível no aqui e agora.
"Além disso, boas
pessoas, pessoas íntegras, admiram quem é generoso, um mestre da generosidade.
E o fato de que boas pessoas, pessoas íntegras, admirarem quem é generoso, um
mestre na generosidade: esse, também, é um fruto da generosidade visível no
aqui e agora.
"Além disso, a fina
reputação de quem é generoso, um mestre da generosidade, se difunde amplamente.
E o fato de que a fina reputação de quem é generoso, um mestre da generosidade,
se difundir amplamente: esse, também, é um fruto da generosidade visível no aqui
e agora.
"Além disso, quando
alguém é generoso, um mestre da generosidade, se aproxima de uma assembléia de
pessoas - nobres guerreiros, brâmanes, chefes de família, ou contemplativos -
ele assim o faz com confiança e sem embaraço: e o fato de que quando alguém é
generoso, um mestre da generosidade, se aproximar de uma assembléia de pessoas
- nobres guerreiros, brâmanes, chefes de família, ou conntemplativos – fazê-lo
com confiança e sem embaraço: esse, também, é um fruto da generosidade visível
no aqui e agora.
"Além disso, na
dissolução do corpo, após a morte, aquele que é generoso, um mestre da
generosidade, renasce num destino feliz, no paraíso. E o fato de que na
dissolução do corpo, após a morte, aquele que é generoso, um mestre da
generosidade, renascer num destino feliz, no paraíso: esse, também, é um fruto
da generosidade visível na próxima vida.
Quando isto foi dito, o
general Siha disse para o Abençoado: "Quanto aos quatro frutos da
generosidade visíveis no aqui e agora que foram apontados pelo Abençoado, não é
o caso de que com relação a eles eu os aceite pela convicção no Abençoado. Eu
os conheço também. Eu sou generoso, um mestre da generosidade, querido e
simpático para as pessoas em geral. Eu sou generoso, um mestre da generosidade;
pessoas boas, pessoas íntegras me admiram. Eu sou generoso, um mestre da
generosidade e minha fina reputação está amplamente difundida: ‘Siha é
generoso, ele faz, apóia a Sangha.’ Eu sou generoso, um mestre da generosidade
e quando me aproximo de uma assembléia de pessoas - nobres guerreiros,
brâmanes, chefes de família, ou contemplativos - eu o faço com confiança e sem
embaraço.
"Porém quando o
Abençoado me diz, ‘Na dissolução do corpo, após a morte, aquele que é generoso,
um mestre da generosidade, renasce num destino feliz, no paraíso.’ Isso eu não
sei. Isso eu aceito com base na convicção no Abençoado."
"Assim é, Siha. Assim
é. Na dissolução do corpo, após a morte, aquele que é generoso, um mestre da
generosidade, renasce num destino feliz, no paraíso."
-- AN V.34
Muitas
razões, muitos frutos
"Sariputta, há o caso
em que a pessoa dá uma oferenda buscando seu próprio benefício, com sua mente apegada
[à recompensa], pensando em acumulá-la para si mesma [com o pensamento], 'Eu a
desfrutarei após a morte.' Ela dá uma oferenda - comida, bebida, roupas, um
veículo, um ornamento, perfume e ungüento, roupas de cama, moradia, uma
lamparina - para um brâmane ou um contemplativo. O que você pensa , Sariputta?
Pode uma pessoa dar uma oferenda como essa?"
"Sim, senhor."
"Tendo dado essa
oferenda buscando seu próprio benefício, com sua mente apegada [à recompensa],
pensando em acumulá-la para si mesma [com o pensamento], 'Eu a desfrutarei após
a morte.' - na dissolução do corpo, após a morte, ela renasce no mundo dos devas dos
Quatro Grandes Reis. Então tendo esgotado aquela ação, aquele poder, aquele
status, aquela soberania, ela retorna, voltando a este mundo.
"Então há o caso em
que a pessoa dá uma oferenda sem buscar seu próprio benefício, sem a mente
apegada [à recompensa], não pensando em acumulá-la para si mesma nem [com o
pensamento], 'Eu a desfrutarei após a morte.' Ao invés disso, ela dá uma oferenda
com o pensamento ‘A generosidade é boa.’ Ela dá uma oferenda - comida, bebida,
roupas, um veículo, um ornamento, perfume e ungüento, roupas de cama, moradia,
uma lamparina- para um brâmane ou um contemplativo. O que você pensa ,
Sariputta? Pode uma pessoa dar uma oferenda como essa?"
"Sim, senhor."
"Tendo dado essa
oferenda com o pensamento, ‘A generosidade é boa,’ na dissolução do corpo, após a
morte, ela renasce no mundo dos devas do Tavatimsa. Então tendo
esgotado aquela ação, aquele poder, aquele status, aquela soberania, ela
retorna, voltando a este mundo.
"Ou, ao invés de
pensar ‘A generosidade é boa’ ela dá a oferenda com o pensamento, 'Isto foi dado
no passado, feito no passado, por meu pai e avô. Não seria correto que eu
permitisse que esse antigo costume da família fosse descontinuado' ... na
dissolução do corpo, após a morte, ela renasce no mundo dos devas do Yama. Então tendo esgotado aquela ação, aquele poder, aquele status, aquela
soberania, ela retorna, voltando a este mundo.
"Ou, ao invés de pensar
... ela dá uma oferenda com o pensamento, ‘Eu sou próspero. Eles não são
prósperos. Não seria correto, que em sendo eu próspero, não desse uma oferenda
para aqueles que não são prósperos ... na dissolução do corpo, após a morte,
ela renasce no mundo dos devas do Tusita. Então tendo esgotado aquela
ação, aquele poder, aquele status, aquela soberania, ela retorna, voltando a
este mundo.
"Ou, ao invés de
pensar … ela dá uma oferenda com o pensamento ‘Tal como no passado houve o
sacrifício dos sábios - Atthaka, Vamaka, Vamadeva, Vessamitta, Yamataggi,
Angirasa, Bharadvaja, Vasettha, Kassapa, e Bhagu - da mesma forma essa será a
minha distribuição de oferendas’ ... na dissolução do corpo, após a morte, ela
renasce no mundo dos devas Nimmanarati. Então tendo esgotado
aquela ação, aquele poder, aquele status, aquela soberania, ela retorna,
voltando a este mundo.
"Ou, ao invés de
pensar … ela dá uma oferenda com o pensamento, ‘Quando esta minha oferenda é dada,
a minha mente fica clara com serena confiança. Surgem a satisfação e a alegria’ ... na dissolução
do corpo, após a morte, ela renasce no mundo dos devas Paranimmita-vasavatti. Então tendo esgotado aquela ação, aquele poder,
aquele status, aquela soberania, ela retorna, voltando a este mundo.
"Ou, ao invés de
pensar ‘Quando esta minha oferenda é dada, a minha mente fica clara com serena confiança. Surgem a satisfação e a alegria’ ela dá uma oferenda com o pensamento ‘Isto é um
ornamento para a mente, um suporte para a mente.’ Ela dá uma oferenda - comida, bebida,
roupas, um veículo, um ornamento, perfume e ungüento, roupas de cama, moradia,
uma lamparina - para um brâmane ou um contemplativo. O que você pensa ,
Sariputta? Pode uma pessoa dar uma oferenda como essa?"
"Sim, senhor."
"Tendo dado isso, sem
buscar seu próprio benefício, nem com a mente apegada [à recompensa], pensando
em acumulá-la para si mesmo [com o pensamento], 'Eu a desfrutarei após a
morte.'
" – nem com o
pensamento, 'A generosidade é boa,’
" – nem com o
pensamento, 'Isto foi dado no passado, feito no passado, por meu pai e avô. Não
seria correto que eu permitisse que esse antigo costume da família fosse
descontinuado,'
" - nem com o
pensamento, ‘Eu sou próspero. Eles não são prósperos. Não seria correto, em
sendo eu próspero, não desse uma oferenda para aqueles que não são prósperos,'
nem com o pensamento, ‘Tal como no passado houve o sacrifício dos sábios -
Atthaka, Vamaka, Vamadeva, Vessamitta, Yamataggi, Angirasa, Bharadvaja,
Vasettha, Kassapa, e Bhagu - da mesma forma essa será a minha distribuição de
oferendas,’
" – nem com o
pensamento, ‘Quanto esta minha oferenda é dada, a minha mente fica clara com serena confiança. Surgem a satisfação e a alegria,’
" – porém com o
pensamento, ‘Isto é um ornamento para a mente, um suporte para a mente.’ - na
dissolução do corpo, após a morte, ela renasce no mundo dos devas do Cortejo de
Brahma. Então tendo esgotado aquela ação, aquele poder, aquele status, aquela
soberania, ela não retorna. Ela não retornará a este mundo.
"Essa, Sariputta, é a
causa, essa é a razão, porque uma pessoa dá uma oferenda de um certo tipo e não
resulta em grandes frutos ou grandes benefícios, enquanto que outra pessoa dá
uma oferenda do mesmo tipo e resulta em grandes frutos e grandes
benefícios."
-- AN VII.49
A maior oferenda
Oferecer o Dhamma supera todas as demais oferendas.
O passo
seguinte no Treinamento Gradual: Virtude
Revisado: 18 Julho 2015
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