Desejo
Tanha
Definição
"Há esses três tipos de desejo. Quais três? Desejo pela sensualidade,
desejo por ser/existir, desejo por não ser/existir. Esses são os três tipos de
desejo."
-- It 58
Uma
flecha no coração
"O desejo foi chamado de flecha pelo Contemplativo; o
humor venenoso da ignorância se espalha através do
desejo, cobiça e má vontade."
-- MN 105
Seis
classes de desejo
"Existem essas seis classes de desejo: desejo por formas, desejo
por sons, desejo por aromas, desejo por sabores, desejo por
tangíveis, desejo por objetos mentais."
-- MN 9
O que
nos aprisiona no samsara
"Bhikkhus, eu não concebo nenhum outro grilhão -
pelo qual os seres aprisionados seguem perambulando
e transmigrando por um longo, longo tempo - como o grilhão do desejo.
Aprisionados pelo grilhão do desejo os seres seguem perambulando e
transmigrando por um longo, longo tempo."
-- It 15
Escravizados pelo desejo,
com as mentes castigadas pelo ser/existir e pelo não ser/existir,
escravizados pelos grilhões de Mara -
seres que não estão a salvo do cativeiro,
seres que permanecem perambulando,
dirigindo-se para o nascimento e morte.
Enquanto que aqueles que abandonaram o desejo,
livres do desejo por ser/existir e não ser/existir,
realizando o fim das impurezas,
embora estejam no mundo,
foram para mais além.
--
It 58
Uma
causa de dukkha
"E qual é a razão porque dukkha se manifesta? Desejo é a razão
porque dukkha se manifesta.
-- AN VI.63
Cortando
as raízes do desejo
Tal como uma árvore, embora cortada,
brota outra vez se as raízes permanecerem intactas e fortes,
da mesma forma,
até que o desejo latente tenha sido desenraizado,
o sofrimento irá brotar repetidas vezes.
Seres aprisionados pelo desejo
são aterrorizados como um coelho apanhado no laço.
Presos por grilhões e apegos
o seu sofrimento persiste por muito tempo.
Contemplando os sinais de beleza,
atormentado por pensamentos,
dominado pelas paixões,
o desejo apenas cresce,
assim de fato os grilhões são fortalecidos.
Contemplando os aspectos repulsivos do corpo,
acalmando os pensamentos,
sempre com atenção plena,
o desejo terá um fim
assim de fato os grilhões serão rompidos.
Onde
surge o desejo e, onde ele se estabelece?
“E onde surge e se estabelece esse desejo? Qualquer
coisa no mundo que seja cativante e tentadora, nisso surge e se estabelece o
desejo.
“E o que no mundo é cativante e tentador? O olho no
mundo é cativante e tentador. O ouvido... O nariz... A língua... O corpo... A
mente no mundo é cativante e tentadora,
nisso surge e se estabelece o desejo. Formas, sons, aromas, sabores,
tangíveis, objetos mentais no mundo são cativantes e tentadores, nisso surge e
se estabelece o desejo.
“Consciência no olho, consciência no ouvido,
consciência no nariz, consciência na língua, consciência no corpo, consciência
na mente no mundo é cativante e tentadora,
nisso surge e se estabelece o desejo.
“Contato no olho, contato no ouvido, contato no nariz,
contato na língua, contato no corpo, contato na mente no mundo é cativante e
tentador, nisso surge e se estabelece o desejo.
“Sensação tendo como condição o contato no olho,
contato no ouvido, contato no nariz, contato na língua, contato no corpo,
contato na mente no mundo é cativante e tentadora, nisso surge e se estabelece o desejo.
“Percepção de formas, sons, aromas, sabores,
tangíveis, objetos mentais no mundo é cativante e tentadora, nisso surge e se
estabelece o desejo.
“Intenção por formas, sons, aromas, sabores,
tangíveis, objetos mentais no mundo é cativante e tentadora, nisso surge e se
estabelece o desejo.
“Desejo por formas, sons, aromas, sabores, tangíveis,
objetos mentais no mundo é cativante e tentador, nisso surge e se estabelece o
desejo.
“Pensamento aplicado às formas, sons, aromas, sabores,
tangíveis, objetos mentais no mundo é cativante e tentador, nisso surge e se estabelece o desejo.
“Pensamento sustentado nas formas, sons, aromas,
sabores, tangíveis, objetos mentais no mundo é cativante e tentador, nisso
surge e se estabelece o desejo. A isto se denomina a nobre verdade da origem do
sofrimento.
--DN 22
O passo seguinte no Treinamento Gradual: Ignorância
Revisado: 18 Julho 2015
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