Samyutta Nikaya XXII.97
Nakhasikha Sutta
A Ponta da Unha
Somente para distribuição gratuita.
Este trabalho pode ser impresso para distribuição gratuita.
Este trabalho pode ser re-formatado e distribuído para uso em computadores e redes de computadores
contanto que nenhum custo seja cobrado pela distribuição ou uso.
De outra forma todos os direitos estão reservados.
Em Savathi.
Sentado a um lado, um bhikkhu disse para o Abençoado: “Senhor, existe alguma
forma que seja permanente, estável, eterna, não sujeita à mudança, que
permanecerá tal como é por tanto tempo quanto a eternidade? Existe alguma
sensação ... alguma percepção ... alguma formação ... Existe alguma consciência
que seja permanente, estável, eterna, não sujeita à mudança, que permanecerá
tal como é por tanto tempo quanto a eternidade?
“Não,
bhikkhu, não há forma ... não há sensação ... não há percepção ... não há
formação ... não há consciência que seja permanente, estável, eterna, não
sujeita à mudança e que permanecerá tal como é por tanto tempo quanto a
eternidade.” [1]
Então o Abençoado tomando uma mínima quantidade de terra com a ponta da
unha, disse para o bhikkhu, “Não existe nem este tanto de forma que seja permanente,
estável, eterna, não sujeita à mudança, que irá permanecer tal como é por tanto
tempo quanto a eternidade. Se houvesse nem que fosse este tanto de forma que
fosse permanente, estável, eterna, não sujeita à mudança, que permanecesse tal
como é por tanto tempo quanto a eternidade, então viver esta vida santa para a
completa destruição do sofrimento não seria discernido. Mas como não existe nem
esse tanto de forma que seja permanente, estável, eterna, não sujeita à
mudança, que permaneça tal como é por tanto tempo quanto a eternidade, viver
esta vida santa para o correto fim do sofrimento é discernido.
“Não existe
nem este tanto de sensação ...
“Não existe
nem este tanto de percepção ...
“Não existe
nem este tanto de formações ...
“Não existe
nem este tanto de consciência que seja permanente, estável, eterna, não sujeita
à mudança, que permanecerá tal como é por tanto tempo quanto a eternidade. Se
houvesse nem que fosse este tanto de consciência que fosse permanente, estável,
eterna, não sujeita à mudança, que permanecesse tal como é por tanto tempo
quanto a eternidade, então viver esta vida santa para o correto fim do
sofrimento não seria discernido. Mas como não existe nem esse tanto de
consciência que seja permanente, estável, eterna, não sujeita à mudança, que
permaneça tal como é por tanto tempo quanto a eternidade, viver esta vida santa
para o correto fim do sofrimento é discernido.
“O que
vocês pensam, bhikkhus, a forma é permanente ou impermanente?
“Impermanente,
senhor.
"E aquilo
que é impermanente é sofrimento ou felicidade?
“Sofrimento,
senhor.
“E é
adequado considerar o que é impermanente, sofrimento, sujeito a mudanças como:
‘Isso é meu. Isso sou eu. Isso é o meu eu’?
“Não,
senhor.
“... a
sensação é permanente ou impermanente?
“Impermanente,
senhor.
“... a
percepção é permanente ou impermanente?
“Impermanente,
senhor.
“... as
formações são permanentes ou impermanentes?
“Impermanentes,
senhor.
“O que vocês
pensam, bhikkhus, a consciência é permanente ou impermanente?
“Impermanente,
senhor.
“E aquilo
que é impermanente é sofrimento ou felicidade?
“Sofrimento,
senhor.
“E é
adequado considerar o que é impermanente, sofrimento, sujeito a mudanças como:
'Isso é meu. Isso sou eu. Isso é o meu eu’?
“Não,
senhor.
“Portanto,
bhikkhus, qualquer forma, quer seja do passado, futuro ou presente, interna ou
externa; grosseira ou sutil; inferior ou superior, próxima ou distante: toda
forma deve ser vista como na verdade é, com correta sabedoria: ‘Isso não é meu,
isso não sou eu, isso não é o meu eu.’
“Qualquer
sensação...
“Qualquer
percepção...
“Quaisquer
formações ...
“Qualquer
consciência, quer seja do passado, do futuro ou do presente, interna ou
externa; grosseira ou sutil; inferior ou superior; próxima ou distante: toda
consciência deve ser vista como na verdade é, com correta sabedoria: ‘Isso não
é meu, isso não sou eu, isso não é o meu eu.’
“Vendo
dessa forma, o nobre discípulo bem instruído se desencanta com a forma,
desencanta com a sensação, desencanta com a percepção, desencanta com as
formações, desencanta com a consciência. Desencantado ele se torna desapegado.
Através do desapego a sua mente é libertada. Quando ela está libertada surge o
conhecimento: ‘Libertada.’ Ele compreende que: ‘O nascimento foi destruído, a
vida santa foi vivida, o que deveria ser feito foi feito, não há mais vir a ser
a nenhum estado.’”
Notas:
Revisado: 2 Outubro 2004
Copyright © 2000 - 2021, Acesso ao Insight - Michael Beisert: editor, Flavio Maia: designer.