Samyutta Nikaya XXI.10
Theranamaka Sutta
Um Bhikkhu Chamado Ancião
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Em certa
ocasião, o Abençoado estava em Rajagaha, no Bambual, no Santuário dos Esquilos.
Agora, naquela ocasião um certo bhikkhu chamado Ancião vivia sozinho e ele
falava elogiando o viver sozinho. Ele entrava sozinho nos vilarejos para
esmolar alimentos, ele regressava sozinho, ele sentava sozinho na intimidade,
ele praticava sozinho a meditação andando.
Então um
número de bhikkhus se aproximou do Abençoado e depois de cumprimentá-lo
sentaram a um lado e disseram:
“Aqui,
venerável senhor, há um certo bhikkhu chamado Ancião que vive sozinho e que
fala elogiando o viver sozinho.”
Então o Abençoado se
dirigiu a um certo bhikkhu desta forma: “Venha, bhikkhu, diga em meu nome ao
bhikkhu Ancião que o Mestre o chama.”
“Sim, venerável senhor”,
ele respondeu e foi até o bhikkhu Ancião e lhe disse: “O Mestre o chama, amigo
Ancião.”
“Sim,
Amigo”, ele respondeu, e foi até o Abençoado e depois de cumprimentá-lo sentou
a um lado. O Abençoado então lhe disse: “É verdade, Ancião, que você vive
sozinho e fala elogiando o viver sozinho?”
“Sim,
venerável senhor”.
“Mas como,
Ancião, você vive sozinho e como você fala elogiando o viver sozinho?”
“Aqui,
venerável senhor, eu entro sozinho nos vilarejos para esmolar alimentos,
regresso sozinho, sento sozinho na intimidade, pratico sozinho a meditação
andando. É dessa forma que vivo sozinho e falo elogiando o viver sozinho.”
“Essa é uma
forma de viver sozinho, Ancião, eu não nego isso. Mas quanto a como o viver
sozinho é realizado em todos os detalhes, ouça e preste muita atenção àquilo
que eu vou dizer.”
“Sim,
venerável senhor.”
“E como,
Ancião, o viver sozinho é realizado em todos os detalhes? Aqui, Ancião, aquilo
que está no passado foi abandonado, aquilo que está no futuro foi renunciado e
o desejo e a cobiça pelos tipos de ser/existir individual no presente foram
completamente removidos. É dessa forma, Ancião, que o viver sozinho é realizado
em todos os detalhes.”
Isso foi o
que disse o Abençoado. Tendo dito isso, o Mestre disse mais:
“O sábio, conquistador de tudo, que tudo sabe,
imaculado dentre todas as coisas, que abandonou tudo,
libertado com a destruição do desejo:
eu chamo essa pessoa ‘aquele que vive sozinho.’”
Revisado: 4 Setembro 2004
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