Mahavagga X.2.3-20

Dighavu-kumara Vatthu

A História do Príncipe Dighavu

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Certa vez, bhikkhus, em Varanasi, Brahmadatta era o rei de Kasi - rico, próspero, com muitas posses, muitas tropas, muitos veículos, muitos territórios, com os arsenais e celeiros abundantemente estocados. Dighiti era o rei de Kosala - pobre, não muito próspero, com poucas posses, poucas tropas, poucos veículos, poucos territórios, com os arsenais e celeiros pobremente estocados. Assim Brahmadatta o rei de Kasi recrutando um exército quadruplicado, marchou contra Dighiti o rei de Kosala. Dighiti o rei de Kosala ouviu, "Brahmadatta o rei de Kasi, dizem, recrutou um exército quadruplicado e está marchando contra mim." Então o pensamento lhe ocorreu, "O rei Brahmadatta é rico, próspero...com os arsenais e celeiros abundantemente estocados, enquanto que eu sou pobre...com arsenais e celeiros pobremente estocados. Eu não tenho competência para resistir nem um ataque dele. Porque eu não escapo da cidade antes?" Assim, tomando a sua primeira esposa, ele escapou da cidade antes. Então o rei Brahmadatta, tendo conquistado as tropas, veículos, terras, arsenais e celeiros do rei Dighiti, viveu como o seu senhor.

Enquanto isso, o rei Dighiti dirigiu-se para Varanasi juntamente com a sua consorte e, viajando em etapas chegou lá. Lá ele viveu com ela nos arredores de Varanasi na casa de um oleiro, disfarçado como um errante. Não muito tempo depois, ela engravidou. Ela tinha um desejo de grávida deste tipo: ela queria ver um exército quadruplicado, armado e formado, em posição em um campo de desfiles ao amanhecer, e de beber a água usada para lavar as espadas. Ela disse ao rei Dighiti, "Sua majestade, eu estou grávida, e tenho um desejo de grávida deste tipo: eu quero ver um exército quadruplicado, armado e formado, em posição em um campo de desfiles ao amanhecer, e de beber a água usada para lavar as espadas." Ele disse, " Minha rainha, aonde está para nós - que perdemos nossa grandeza - um exército quadruplicado, armado e formado, em posição em um campo de desfiles ao amanhecer, e a água usada para lavar as espadas?"

"Se eu não obtiver isso, sua majestade, morrerei."

Agora, naquela época o brâmane conselheiro do rei Brahmadatta era uma migo do rei Dighiti. Assim o rei Dighiti o procurou e, chegando, disse, " Uma senhora, sua amiga, velha amiga, está grávida, e ela tem um desejo de gravidez deste tipo: ela quer ver um exército quadruplicado, armado e formado, em posição em um campo de desfiles ao amanhecer, e de beber a água usada para lavar as espadas."

"Nesse caso, deixe-me vê-la."

Assim a consorte do rei Dighiti foi até o brâmane conselheiro do rei Brahmadatta. Quando ele a viu vindo `a distância, ele se levantou do seu assento, arrumou o seu manto sobre um ombro e, com as suas mãos erguidas em saudação, exclamou três vezes, "Com certeza o rei de Kosala veio ao seu ventre! Com certeza o rei de Kosala veio ao seu ventre! Não se preocupe minha rainha. Você verá um exército quadruplicado, armado e formado, em posição em um campo de desfiles ao amanhecer, e de beber a água usada para lavar as espadas."

Então ele foi até o rei Brahmadatta e, chegando, lhe disse, "Sua majestade, sinais apareceram de que amanhã ao amanhecer um exército quadruplicado, armado e formado, deve estar em posição em um campo de desfiles e que as espadas devem ser lavadas."

Assim o rei Brahmadatta ordenou ao seu povo, "eu lhes digo então: façam como diz o conselheiro brâmane". Assim a consorte do rei Dighiti viu um exército quadruplicado, armado e formado, em posição em um campo de desfiles ao amanhecer, e de beber a água usada para lavar as espadas. Então com o amadurecimento do feto, ela deu à luz um menino, que eles deram o nome de Dighavu (vida longa). Não muito tempo depois, o Príncipe Dighavu atingiu a idade da discrição. O pensamento ocorreu ao rei Dighiti, " Esse rei Brahmadatta de Kasi nos fez um grande mal. Ele tomou nossas tropas, veículos, terras, arsenais e celeiros. Se ele nos descobre, ele matará os três. Porque não mando o Príncipe Dighavu para viver fora da cidade?" Assim o Príncipe Dighavu, tendo ido viver fora da cidade, aprendeu todos os ofícios.

Agora, nessa época o barbeiro do rei Dighiti foi até o rei Brahmadatta. Ele viu o rei Dighiti, juntamente com a sua consorte, vivendo nos arredores de Varanasi na casa de um oleiro, disfarçado como um errante. Vendo-os, ele foi até o rei Brahmadatta e, chegando, lhe disse,

"Sua majestade, o rei Dighiti de Kosala, juntamente com sua consorte, está vivendo nos arredores de Varanasi na casa de um oleiro, disfarçado como um errante."

Assim o rei Brahmadatta ordenou a seu povo, "Eu então digo: tragam-me o rei Dighiti juntamente com a sua consorte."

Respondendo, "Assim será, sua majestade," eles foram buscar e trouxeram o rei Dighiti juntamente com sua consorte.

Então o rei Brahmadatta ordenou ao seu povo, "Eu então digo: tendo amarrado o rei Dighiti e a sua consorte com uma corda forte com os seus braços presos com força às suas costas, e tendo raspado suas cabeças, leve-os em desfile ao som forte de um tambor pungente de rua em rua, cruzamento em cruzamento, expulse-os pela porta sul da cidade e ali, ao sul da cidade, corte-os em quatro pedaços e enterre-os em buracos posicionados nas quatro direções."

Respondendo, "Assim será, sua majestade," o povo amarrou o rei Dighiti e a sua consorte com uma corda forte com os seus braços presos com força às suas costas, e tendo raspado suas cabeças, levou-os em desfile ao som de um tambor pungente de rua em rua, cruzamento em cruzamento. Então o pensamento ocorreu ao Príncipe Dighavu, " Já faz muito tempo que não vejo minha mãe e meu pai. E se eu fosse visitá-los?" Assim ele entrou em Varanasi e viu sua mãe e pai amarrados com uma corda forte com os braços presos com força às costas, com as cabeças raspadas, levados em desfile ao som de um tambor pungente de rua em rua, cruzamento em cruzamento. Assim ele se dirigiu até eles. O rei Dighiti viu o Príncipe Dighavu vindo `a distância, e vendo-o, disse, ' Não meu querido Dighavu, tenha a visão longa. Não tenha a visão curta. Pois a vingança não se resolve com vingança. A vingança se resolve com a não vingança."

Quando isto foi dito, as pessoas lhe disseram, "Esse rei Dighiti enlouqueceu. Ele está falando besteiras. Quem é Dighavu? Porque ele está dizendo, ' Não meu querido Dighavu, tenha a visão longa. Não tenha a visão curta. Pois a vingança não se resolve com vingança. A vingança se resolve com a não vingança.'?"

"Eu não estou louco ou falando besteiras. Aquele que sabe irá entender." Então ele falou uma Segunda vez... e uma terceira vez " Não meu querido Dighavu, tenha a visão longa. Não tenha a visão curta. Pois a vingança não se resolve com vingança. A vingança se resolve com a não vingança."

Uma terceira vez, o povo lhe disse, "Esse rei Dighiti enlouqueceu. Ele está falando besteiras. Quem é Dighavu? Porque ele está dizendo, ' Não meu querido Dighavu, tenha a visão longa. Não tenha a visão curta. Pois a vingança não se resolve com vingança. A vingança se resolve com a não vingança.'?"

"Eu não estou louco ou falando besteiras. Aquele que sabe irá entender."

Então o povo tendo desfilado o rei Dighiti juntamente com sua consorte ao som forte de um tambor pungente de rua em rua, cruzamento em cruzamento, os expulsaram pela porta sul da cidade e ali, ao sul da cidade, os cortaram em quatro pedaços e os enterraram em buracos posicionados nas quatro direções, colocaram guardas, e partiram"

Então o Príncipe Dighavu, tendo entrado em Varanasi apareceu com uma bebida alcoólica e fez com que os guardas a tomassem. Quando eles caíram bêbados, ele juntou paus, fez uma pira, ergueu os corpos da sua mãe e de seu pai sobre a pira, colocou fogo, e então circundou-a três vezes com suas mãos erguidas em saudação.

Agora, naquele momento, o rei Brahmadatta havia subido ao terraço no topo do seu palácio. Ele viu o Príncipe Dighavu circundando a pira três vezes com as mãos erguidas em saudação, e vendo-o, o pensamento lhe ocorreu, "Sem dúvida essa pessoa é um parente do rei Dighiti. Ah! que desafortunado eu sou, pois não há ninguém que me possa dizer o que isso significa!"

Então o Príncipe Dighavu, tendo ido para a floresta e tendo gritado e chorado o quanto ele necessitava, enxugou suas lágrimas e entrou em Varanasi. Indo ao estábulo de elefantes próximo ao palácio do rei, ele disse ao treinador chefe de elefantes, "Mestre, eu quero aprender esse ofício."

"Nesse caso, jovem, você pode aprendê-lo."

Então, levantando-se na última vigília da noite, o Príncipe Dighavu cantava com uma voz doce e tocava o alaúde no estábulo dos elefantes. O rei Brahmadatta, também levantando-se na última vigília da noite, ouviu a doce voz cantando e o alaúde tocando no estábulo dos elefantes. Ouvindo, ele perguntou a seu povo, "Eu digo: Quem é esse, que levanta na última vigília da noite, canta com um voz doce e toca alaúde no estábulo dos elefantes?"

"Sua majestade, um jovem - o aluno de tal e tal treinador de elefantes, levantando-se na última vigília da noite, estava cantando com uma voz doce e tocando o alaúde no estábulo dos elefantes."

"Eu então digo: vá e traga-me esse jovem."

Respondendo, "Assim será, sua majestade," eles foram e trouxeram o Príncipe Dighavu.

Então o rei Brahmadatta disse ao Príncipe Dighavu, "Eu digo: Foi você que levantou na última vigília da noite, cantando com uma voz doce e tocando o alaúde no estábulo dos elefantes?"

"Sim, sua majestade"

"Eu então digo meu jovem: cante e toque o alaúde."

Respondendo, "Assim será, sua majestade," e buscando obter um favor, o Príncipe Dighavu cantou com uma voz doce e tocou o alaúde.

Então o rei Brahmadatta lhe disse, "Eu digo: Você, meu jovem, deve ficar e ocupar-se comigo."

"Assim será, sua majestade," o Príncipe Dighavu respondeu. Então ele se levantava pela manhã antes do rei Brahmadatta, ia para a cama pela noite depois dele, fazia tudo o que o rei ordenava, sempre agindo para agradá-lo, falando com ele com cortesia. E não tardou muito para que o rei Brahmadatta colocasse o príncipe próximo a ele em uma posição de confiança.

Então um dia o rei Brahmadatta disse ao Príncipe Dighavu, "Eu então digo, meu jovem: arreie a carruagem. Eu irei caçar."

Respondendo: "Assim será, sua majestade," o Príncipe Dighavu arreou a carruagem e então disse ao rei Brahmadatta, "Sua carruagem está arreada, sua majestade. Agora é o momento de você agir como julgar mais adequado."

Então o rei Brahmadatta montou na carruagem, e o Príncipe Dighavu a conduziu. Ele a conduziu de tal forma que o séquito do rei foi em uma direção e a carruagem em outra. Então após eles terem percorrido alguma distância o rei Brahmadatta disse ao Príncipe Dighavu, "Eu então lhe digo, meu jovem: desarreie a carruagem. Eu estou cansado e irei me deitar."

Respondendo, "Assim será, sua majestade," o Príncipe Dighavu desarreou a carruagem e sentou-se de pernas cruzadas no chão. Então o rei Brahmadatta deitou-se, colocando sua cabeça sobre o colo do Príncipe Dighavu. Como ele estava cansado, ele dormiu imediatamente. Então o pensamento ocorreu ao Príncipe Dighavu: "Este rei Brahmadatta de Kasi nos fez um grande mal. Ele tomou nossas tropas, veículos, terras, arsenais e celeiros. E foi por sua causa que minha mãe e pai forma mortos. Agora é a minha oportunidade para por em prática a minha vingança!" Ele puxou a espada da bainha. Mas então ele pensou, "Meu pai me disse, quando ele estava a ponto de morrer, ' Não meu querido Dighavu, tenha a visão longa. Não tenha a visão curta. Pois a vingança não se resolve com vingança. A vingança se resolve com a não vingança.' Não me seria adequado transgredir as palavras do meu pai." Assim ele embainhou a espada. Uma Segunda vez...uma terceira vez o pensamento ocorreu ao Príncipe Dighavu: "Este rei Brahmadatta de Kasi nos fez um grande mal. Ele tomou nossas tropas, veículos, terras, arsenais e celeiros. E foi por sua causa que minha mãe e pai forma mortos. Agora é a minha oportunidade para por em prática a minha vingança!" Ele puxou a espada da bainha. Mas então ele pensou, "Meu pai me disse, quando ele estava a ponto de morrer, ' Não meu querido Dighavu, tenha a visão longa. Não tenha a visão curta. Pois a vingança não se resolve com vingança. A vingança se resolve com a não vingança.' Não me seria adequado transgredir as palavras do meu pai." Assim uma vez mais ele embainhou a espada.

Então de repente o rei Brahmadatta acordou - assustado, agitado, com medo, alarmado. O Príncipe Dighavu lhe disse, "Sua majestade, porque você acordou tão de repente - assustado, agitado, com medo, alarmado?"

"Eu digo, meu jovem: agora mesmo eu estava sonhando que o Príncipe - filho de Dighiti, rei de Kasi - me golpeou com uma espada." Então o Príncipe Dighavu, agarrando o rei Brahmadatta pela cabeça com a sua mão esquerda, e desembainhando a espada com a direita, disse "Eu, sua majestade, sou o Príncipe Dighavu, filho de Dighiti, rei de Kasi. Você nos fez um grande mal. Você tomou nossas tropas, veículos, terras, arsenais e celeiros. E foi por sua causa que minha mãe e pai foram mortos. Agora é a minha oportunidade para por em prática a minha vingança!"

Assim o rei Brahmadatta, deixando sua cabeça cair aos pés do Príncipe Dighavu disse,

"Conceda-me minha vida, estimado Dighavu! Conceda-me minha vida, estimado Dighavu!"

"Quem sou eu que ousaria conceder a vida para sua majestade? É sua majestade que deveria conceder-me a vida!"

"Nesse caso estimado Dighavu, você me concede a minha vida e eu lhe concedo a sua vida."

Então o rei Brahmadatta e o Príncipe Dighavu concederam-se uma ao outro as suas vidas, e, tomando-se as mãos, e fizeram um juramento de não fazer dano um ao outro.

Então o rei Brahmadatta disse ao Príncipe Dighavu, "Nesse caso, estimado Dighavu, arreie a carruagem. Nós seguiremos."

Respondendo, "Assim será, sua majestade," o Príncipe Dighavu arreou a carruagem e então disse ao rei Brahmadatta, "Sua carruagem está arreada, sua majestade. Agora é o momento de você agir como considerar mais adequado."

Então o rei Brahmadatta montou na carruagem, e o Príncipe conduziu a carruagem. Ele a conduziu de tal forma que não tardou muito tempo eles se encontraram com o séquito do rei.

Então o rei Brahmadatta, tendo entrado em Varanasi, reuniu-se com os seus ministros e conselheiros e lhes disse, "Então, eu lhes digo. Se vocês vissem o Príncipe Dighavu, o filho de Dighiti, o rei de Kasi, o que vocês fariam com ele?"

Diferentes ministros disseram, "Nós cortaríamos as suas mãos, sua majestade" - "Nós cortaríamos os seus pés, sua majestade" - "Nós cortaríamos as suas mãos e os seus pés, sua majestade" - "Nós cortaríamos as suas orelhas, sua majestade" - "Nós cortaríamos o seu nariz, sua majestade" - "Nós cortaríamos as suas orelhas e o seu nariz, sua majestade" - "Nós cortaríamos a sua cabeça, sua majestade."

Então o rei disse, "Este, eu digo, é o Príncipe Dighavu, o filho de Dighiti, o rei de Kasi. Vocês não têm permissão para fazer nada a ele. Foi por ele que a minha vida me foi concedida, e foi por mim que a sua vida lhe foi concedida."

Então o rei Brahmadatta disse ao Príncipe Dighavu, "O que o seu pai lhe disse quando ele estava a ponto de morrer - ' Não meu querido Dighavu, tenha a visão longa. Não tenha a visão curta. Pois a vingança não se resolve com vingança. A vingança se resolve com a não vingança.' - em referência a o que ele disse isso?"

"O que meu pai me disse quando ele estava a ponto de morrer - 'Não tenha a visão longa' - 'Não sustente a vingança por um longo tempo' é o que ele estava me dizendo quando ele estava a ponto de morrer. E o que ele me disse quando estava a ponto de morrer - 'Não tenha a visão curta' - 'Não seja rápido para romperr com um amigo' é o que ele me disse quando estava aponto de morrer. E o que ele me disse quando estava a ponto de morrer - 'Pois a vingança não se resolve através da vingança. A vingança se resolve através da não vingança' - minha mãe e pai foram mortos por sua majestade. Se eu tirasse a vida de vossa majestade, aqueles que desejam o bem estar de sua majestade iriam tirar-me a vida. E aqueles que desejam o meu bem estar iriam tirar-lhes a vida. E dessa forma a vingança não seria resolvida pela vingança. Porém agora me foi concedida a minha vida por sua majestade, e sua majestade teve a sua vida concedida por mim. E dessa forma a vingança foi resolvida com a não vingança. Isso foi o que meu pai me disse quando estava aponto de morrer."

Então o rei Brahmadatta disse, "Não é impressionante! Não é espantoso! Quão sábio é esse Príncipe Dighavu, pois ele pode entender o sentido completo daquilo que seu pai lhe disse de maneira breve!" Assim ele devolveu as tropas, veículos, terras, arsenais e celeiros do seu pai, e lhe deu sua filha em casamento.

Assim, bhikkhus, é a indulgência e a nobreza de reis que utilizam com destreza o cetro, que utilizam com destreza a espada. Agora permitam que a sua luz brilhe, para que vocês - que tomaram a vida santa nesse tão bem ensinado Dhamma e Disciplina - se igualem a eles na indulgência e na nobreza.

 

 

Revisado: 7 Agosto 2000

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