Pesquisadores Delineiam a Ciência da Atenção Plena
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Alcançar o estado de atenção plena através da meditação tem ajudado as pessoas a manterem uma mente saudável ensinando-lhes como enfrentar as emoções e os pensamentos negativos, como por exemplo o controle da cobiça, da raiva e da ansiedade, e o incentivo de disposições mais positivas, como empatia, compaixão e perdão. Aqueles que já colheram os benefícios da atenção plena sabem que ela funciona. Mas como exatamente a meditação funciona?
Pesquisadores do Hospital Brigham and Women (BWH) da Universidade de Harvard, propuseram um novo modelo que muda a forma como pensamos sobre a atenção plena. Ao invés de descrever a atenção plena como uma única dimensão da cognição, os pesquisadores propõem que a atenção plena na verdade envolve um amplo quadro de mecanismos complexos no cérebro.
Em essência, eles delinearam a ciência por trás da atenção plena.
Este novo modelo de atenção plena foi publicado em 25 de Outubro de 2012 na revista científica Frontiers in Human Neuroscience.
Os pesquisadores identificaram várias funções cognitivas que ficam ativas no cérebro durante a prática da meditação da atenção plena. Essas funções cognitivas ajudam o praticante a desenvolver a auto-consciência, o auto-controle e a auto-transcendência, que compõem o quadro transformativo do processo de atenção plena.
Os cientistas batizaram sua teoria de S-ART, pelas iniciais em inglês das três funções cognitivas envolvidas - Self-Awareness, Self-Regulation, e Self-Transcendence.
O modelo S-ART explica os mecanismos neurobiológicos subjacentes através dos quais a meditação da atenção plena pode facilitar a auto-consciência; reduzir os preconceitos e os pensamentos negativos; melhorar a capacidade de controlar o próprio comportamento; e aumentar as relações pró-sociais positivas consigo mesmo e com os outros - enfim, criando uma mente saudável sustentável.
Os pesquisadores destacam seis processos neuropsicológicos que são mecanismos ativos no cérebro durante a prática da meditação da atenção plena e que dão suporte à S-ART.
Estes processos incluem: 1) intenção e motivação; 2) controle da atenção; 3) controle emocional; 4) extinção e reconsolidação; 5) comportamento pró-social; e 6) desapego e descentralização.
Em outras palavras, o desenvolvimento da atenção plena começa com a intenção e motivação em querer atingir a atenção plena, que opere por si mesma e menos focada em resultados, seguida por maior consciência dos hábitos da pessoa (bons e ruins). Uma vez que estes tenham sido identificados, a pessoa pode começar a domar a si mesma para se tornar menos reativa emocionalmente e para se recuperar mais rapidamente de emoções perturbadoras.
"Através da prática contínua, a pessoa pode desenvolver um distanciamento psicológico de todos os pensamentos negativos e pode inibir os impulsos naturais que constantemente alimentam os maus hábitos," disse David Vago, PhD, BWH Functional Neuroimaging Laboratory, Department of Psychiatry, líder do estudo.
O Dr. Vago afirma que a prática continuada da meditação também pode aumentar a empatia e eliminar nossos apegos às coisas de que gostamos, e as aversões às coisas de que não gostamos.
"O resultado da prática é um novo Você, com um novo conjunto de habilidades multidimensionais para reduzir os preconceitos que cercam a própria experiência interna e externa, e para manter uma mente saudável," disse Vago.
Fonte e mais informações:
http://www.brighamandwomens.org/about_bwh/publicaffairs/news/pressreleases/PressRelease.aspx?PageID=1305
http://www.frontiersin.org/Human_Neuroscience/10.3389/fnhum.2012.00296/abstract
Revisado: 15 Junho 2013
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